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Sem Lula, pesquisa Datafolha põe Marina perto de Bolsonaro

15 abr 2018 - 06h08
(atualizado às 09h28)
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O ex-presidente Lula, em comício antes de ser preso em São Bernardo
O ex-presidente Lula, em comício antes de ser preso em São Bernardo
Foto: DW / Deutsche Welle

Uma pesquisa divulgada neste domingo (15) pelo instituto Datafolha mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva perdeu votos após a prisão e coloca Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede) em empate técnico na liderança da corrida ao Planalto, num cenário eleitoral sem o petista.

Nesse cenário, em que Fernando Haddad entraria no lugar de Lula, Bolsonaro teria 17% das intenções de voto, contra 15% de Marina - a margem de erro é de dois pontos. Eles seriam seguidos por Joaquim Barbosa (PSB), que chega a 10% mesmo sem ser candidato, e Ciro Gomes (PDT), que teria até 9%.

Ainda com essa mesma constelação de candidatos, Geraldo Alckmin aparece com até 8%, e Haddad com apenas 2%, o que reflete o atual dilema do PT: o partido ainda mantém o ex-presidente como pré-candidato, mas, nos bastidores, debata-se alternativas.

Uma delas seria lançar Jacques Wagner. O cenário com o ex-ministro na disputa não muda muito, e ele aparece com ainda menos votos que Haddad, 1%. Manter Lula como candidato mesmo condenado e preso pode ser arriscado. Segundo a sondagem, seu apoio já começa a declinar.

A pesquisa do Datafolha, feita entre quarta-feira e sexta-feira passadas, mostra que Lula candidato ainda lideraria a corrida, mas com até 31% dos votos. Em janeiro, data da anterior sondagem do instituto, o ex-presidente tinha 37%.

Nesse cenário, Lula seria seguido por Bolsonaro (15%), Marina (10%) e Joaquim Barbosa (8%). Geraldo Alckmin teria 6%, e Ciro Gomes 5%. Num segundo turno, Lula ganharia de Bolsonaro (48% a 31%), Alckmin (48% a 27%) e Marina (46% a 32%).

No sábado, outra pesquisa, do instituto Ipsos divulgada pelo jornal Estado de S. Paulo, mostrou o país dividido sobre o caso Lula: 50% disseram apoiar a prisão do ex-presidente, e 46% se manifestaram contra. Mas 95% da população acham que as investigações da Lava Jato devem continuar.

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