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Política

Suspensa instalação de grupo de trabalho para debater reforma política

10 jul 2013 - 17h39
(atualizado às 18h09)
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Por divergências internas do PT, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), suspendeu a reunião de instalação do grupo de trabalho que vai debater a reforma política, marcada inicialmente para as 18h desta quarta-feira. As divergências ocorrem porque deputados da bancada petista não concordam com a indicação do deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) para a coordenação do colegiado.

<a data-cke-saved-href="http://noticias.terra.com.br/brasil/infograficos/entenda-reforma-politica/iframe.htm" href="http://noticias.terra.com.br/brasil/infograficos/entenda-reforma-politica/iframe.htm">veja o infográfico</a>

De acordo com Henrique Alves, a instalação deve ocorrer na próxima semana, se superado o impasse. "Houve um curto-circuito (no PT) e já suspendi a instalação dos trabalhos, porque uma comissão que quer resolver (a reforma política) não pode começar não resolvendo ela própria. Já transferi para a próxima semana para que o PT se unifique", disse.

PT, PDT e PCdoB são os únicos partidos que ainda apostam num plebiscito para discutir a reforma política. Com a criação do grupo de trabalho, ganha força a tese de um referendo sobre o tema.

O grupo de trabalho, idealizado por Henrique Alves, foi criado oficialmente hoje. Composto por 14 membros, o colegiado terá 90 dias para apresentar uma proposta de reforma política.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

<a data-cke-saved-href="http://noticias.terra.com.br/infograficos/pactos-dilma/iframe.htm" href="http://noticias.terra.com.br/infograficos/pactos-dilma/iframe.htm">veja o infográfico</a>

<a data-cke-saved-href=" http://noticias.terra.com.br/brasil/infograficos/iframe-plebiscito-referendo/plebiscito-referendo.htm" href=" http://noticias.terra.com.br/brasil/infograficos/iframe-plebiscito-referendo/plebiscito-referendo.htm"> Diferença entre Plebiscito e Referendo </a>
Agência Brasil Agência Brasil
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