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Política

Senadores recuam e CPI contra 'ativismo judicial' não vinga

Agora, o senador Delegado Alessandro Vieira precisa correr para conseguir outras duas assinaturas.

11 fev 2019 - 16h49
(atualizado às 17h06)
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A proposta de criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) contra o "ativismo judicial" em tribunais superiores, apelidada de "CPI da Lava Toga", não tem mais as assinaturas necessárias para ser instalada no Senado Federal. Dois parlamentares retiraram, nesta segunda-feira, 11, o apoio que haviam dado à investigação, sugerida pelo senador Delegado Alessandro Vieira (PPS-SE). Caso ele não consiga "repor" essas assinaturas, a CPI deve ser enterrada de vez.

Os pedidos para a retirada das assinaturas partiram dos senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Katia Abreu (PDT-TO). Segundo o Broadcast Político apurou, a senadora conversou com o ministro Gilmar Mendes por telefone antes de retirar a assinatura e informou que a CPI, tal como proposta, não contava com o seu apoio. Para Kátia, este não é o momento para abrir uma crise institucional no País.

Senador pelo Ceará, Tasso Jereissati foi um dos principais defensores da aprovação da reforma trabalhista
Senador pelo Ceará, Tasso Jereissati foi um dos principais defensores da aprovação da reforma trabalhista
Foto: EVARISTO SA / BBC News Brasil

Agora, o senador Delegado Alessandro Vieira precisa correr para conseguir outras duas assinaturas. Caso isso não aconteça, a Mesa Diretora pode fazer a leitura e decretar que, sem os 27 apoios necessários, o pedido está arquivado. Neste caso, o parlamentar precisaria reiniciar a coleta de assinaturas novamente, se quiser insistir na proposta de investigação.

Ainda assim, as chances da CPI ser instalada, no entanto, são mínimas. Isso porque o regimento interno do Senado impede que a Casa investigue atribuições do STF. Com base nesse artigo, a Secretaria-Geral da Mesa do Senado pode enxergar improcedência no objeto da comissão parlamentar.

Integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) veem as digitais do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, nas movimentações do senador Delegado Alessandro Vieira. Para os membros do Supremo ouvidos pela reportagem sob a condição de anonimato, a "CPI da Lava Toga" - voltada em tese para investigar a atuação de tribunais superiores - mira na verdade a Suprema Corte.

Ao apresentar o pedido de criação da CPI, o senador Delegado Alessandro Vieira apontou o "uso abusivo de pedidos de vista ou expedientes processuais para retardar ou inviabilizar decisões do plenário" e a "diferença abissal do lapso de tramitação de pedidos, a depender do interessado" - dois pontos que dizem respeito direto ao funcionamento interno da Corte.

Estadão
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