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Política

Quem é o general que assumiu a autoria de plano para matar Moraes, Lula e Alckmin

Mário Fernandes foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo de Jair Bolsonaro (PL).

25 jul 2025 - 14h44
(atualizado às 15h24)
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Resumo
Mário Fernandes, general da reserva e ex-integrante do governo Bolsonaro, admitiu no STF ser o autor do Plano Punhal Verde e Amarelo, que previa ações violentas contra autoridades, mas afirmou que o plano não foi compartilhado e expressou arrependimento.
Mário Fernandes é general da reserva e foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo de Jair Bolsonaro
Mário Fernandes é general da reserva e foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo de Jair Bolsonaro
Foto: Isac Nóbrega/PR

Mário Fernandes é general da reserva e foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo de Jair Bolsonaro (PL). O militar é réu do núcleo 2 da trama golpista e considerado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como um dos líderes mais radicais do plano que previa o sequestro ou homicídio do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice Geraldo Alckmin (PSB).

Em interrogatório na Primeira Turma da Corte nesta quinta-feira, 24, Mário Fernandes admitiu ter sido o autor do Plano Punhal Verde e Amarelo. "Não passa de um pensamento digitalizado. Hoje eu me arrependo disso, era apenas um pensamento de um militar, que não foi compartilhado com ninguém", disse.

Durante a gestão de Jair Bolsonaro, o militar chegou a chefiar interinamente a Secretaria-Geral da Presidência algumas vezes. Também no governo do ex-presidente, ele foi assessor do então ministro da Saúde Eduardo Pazuello - hoje deputado federal pelo PL do Rio.

General ex-assessor de Bolsonaro admite ao STF autoria de plano que previa matar Lula, Alckmin e Moraes :

Antes de chegar no Executivo, ele integrava a alta cúpula do Exército, sendo promovido a general de brigada em 2016 e passando para a reserva em 2020. Entre 2018 e 2020, Mário Fernandes chefiou o Comando de Operações Especiais, os chamados "kids pretos".

Segundo a denúncia da PGR, Fernandes foi o responsável por coordenar "ações de monitoramento e neutralização violenta de autoridades públicas", em conjunto com Marcelo Costa Câmara (ex-assessor de Bolsonaro), no que ficou conhecido como Plano Punhal Verde e Amarelo, que previa a execução, em dezembro de 2022, de Moraes, Lula e Alckmin. De acordo com a PGR, o militar também realizou a interlocução com as lideranças populares ligadas ao dia 8 de Janeiro.

Ao descartar prisão, Moraes diz que Bolsonaro não está proibido de discursar ou dar entrevistas:

Fernandes está preso preventivamente desde o dia 19 de novembro do ano passado. A prisão foi ordenada por Moraes após a PF obter mensagens em que ele incitava ações antidemocráticas que deveriam ser lideradas por Bolsonaro.

Ao admitir a autoria do Plano Punhal Verde Amarelo, em interrogatório no STF, o general da reserva disse que o plano não foi apresentado a ninguém. Além disso, Mário Fernandes afirmou que chegou a imprimir o plano para ler o documento, mas logo depois o "rasgou". "Eu imprimi para não forçar a vista e logo depois eu rasguei. Não compartilhei com ninguém."

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