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Política

Quem é Delegado Marcelo Freitas, o relator do caso que pode cassar Eduardo Bolsonaro

Com perfil discreto, delegado licenciado da Polícia Federal cumpre mandato como deputado

26 set 2025 - 10h07
(atualizado às 10h46)
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Resumo
Marcelo Freitas, deputado e delegado licenciado da PF, foi escolhido como relator no Conselho de Ética no processo que pode cassar Eduardo Bolsonaro, acusado de faltas e de atuar contra a soberania nacional durante licença parlamentar.
Delegado Marcelo Freitas (União-MG) é o relator de caso que pode levar à cassação de Eduardo Bolsonaro
Delegado Marcelo Freitas (União-MG) é o relator de caso que pode levar à cassação de Eduardo Bolsonaro
Foto: Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados

O deputado federal Delegado Marcelo Freitas (União Brasil-MG) será o relator do processo no Conselho de Ética da Câmara que pode resultar na cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A escolha foi confirmada nesta sexta-feira, 26, pelo presidente do colegiado, Fábio Schiochet (União-SC).

Natural de Montes Claros (MG), Marcelo Eduardo Freitas, de 49 anos, é delegado licenciado da Polícia Federal e cumpre o seu segundo mandato na Câmara. Filiado ao União Brasil, é descrito por colegas como um parlamentar de “perfil discreto”, que evita embates diretos e atua com foco em articulações internas.

Na carreira política, ganhou projeção em 2019 ao relatar a PEC da Previdência, a principal reforma do governo Jair Bolsonaro (PL). O deputado também se destacou por integrar a tropa de choque do então presidente em Minas Gerais durante a campanha eleitoral de 2018.

Apesar da aproximação inicial com o bolsonarismo, Freitas se afastou após o racha do PSL, quando decidiu apoiar Luciano Bivar, então presidente do partido. Em 2022, contudo, voltou a declarar apoio à candidatura de Bolsonaro à reeleição.

“O União Brasil em Minas apoiará Jair Messias Bolsonaro porque compreende que, entre as propostas colocadas, essa é a melhor opção para o nosso país”, afirmou à época.

Processo contra Eduardo Bolsonaro

A escolha de Freitas para relatar o caso é vista dentro da Câmara como um “cartão amarelo” a Eduardo Bolsonaro, mas não como um sinal imediato de cassação. O processo foi movido pelo PT, que acusa o deputado de usar uma licença parlamentar para viajar aos Estados Unidos, onde teria atuado contra a soberania nacional ao articular sanções contra autoridades brasileiras e atacar o Supremo Tribunal Federal (STF).

Fora do Brasil por sete meses, Eduardo também responde por faltas não justificadas desde julho, quando sua licença acabou. Além disso, foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República nesta semana por coação no curso do processo da tentativa de golpe de Estado de 2022.

No Conselho de Ética, o relator tem até 40 dias, prorrogáveis por mais dez, para apresentar seu parecer. Depois, o relatório é votado pelo colegiado e pode ser submetido ao plenário da Câmara.

Relator evita polêmicas

Reservado nos bastidores, Marcelo Freitas evita declarações polêmicas, mas é considerado por aliados de Bolsonaro como um nome menos hostil do que outros parlamentares que poderiam assumir a relatoria, segundo o jornal O Globo. No sorteio inicial, também estavam os deputados Duda Salabert (PDT-MG) e Paulo Lemos (PSOL-AP), ambos opositores ao filho do ex-presidente.

Com a confirmação do nome de Freitas, a expectativa é de que o processo tenha andamento técnico, embora o risco de cassação de Eduardo Bolsonaro permaneça elevado, segundo avaliação majoritária entre parlamentares.

*Com informações do Estadão Conteúdo.

Fonte: Portal Terra
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