Que dia é o julgamento de Bolsonaro no STF? Veja data e horários das sessões
Sessões começam em 2 de setembro com previsão de até 27 horas de duração; ex-presidente e aliados respondem por tentativa de golpe
A Primeira Turma do STF dará início em 2 de setembro ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de sete aliados, investigados por tentar impedir a posse de Lula em 2022. Sessões foram marcadas para ocorrer em seis datas, com esquema de segurança reforçado e ampla cobertura da imprensa. Réus não são obrigados a comparecer presencialmente.
O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF) está marcado para começar na próxima terça-feira, 2, às 9h. Os ministros da Primeira Turma --Cristiano Zanin (presidente), Alexandre de Moraes (relator), Carmen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino-- terão 8 sessões para julgar Bolsonaro e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado.
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O caso, considerado prioritário pelo STF, terá sessões em cinco datas diferentes, com um total de pelo menos 27 horas de análise processual. Além das reuniões ordinárias, normalmente realizadas às terças-feiras à tarde, Zanin agendou sessões extraordinárias ao longo de duas semanas.
As sessões começam às 9h e, nos dias em que há sessões duplas, estendem-se até as 19h, com intervalo no início da tarde. Essa ampliação no calendário de julgamento é incomum e reflete a complexidade do caso e a necessidade de garantir tempo hábil para sustentação oral, votos e eventuais manifestações dos advogados de defesa.
Datas e horários das sessões do julgamento
- 2 de setembro: sessão extraordinária das 9h às 12h e sessão ordinária das 14h às 19h
- 3 de setembro: sessão extraordinária das 9h às 12h
- 9 de setembro: sessão extraordinária das 9h às 12h e sessão ordinária das 14h às 19h
- 10 de setembro: sessão extraordinária das 9h às 12h
- 12 de setembro: sessão extraordinária das 9h às 12h e das 14h às 19h
Apesar da gravidade das acusações, os réus não são obrigados a comparecerem presencialmente ao STF. Um dos principais investigados, o tenente-coronel Mauro Cid, optou por não estar presente no Plenário para evitar, segundo seus advogados, “constrangimentos desnecessários” diante dos demais acusados.
Como acompanhar as sessões
O julgamento terá transmissão ao vivo pelos canais oficiais do STF --TV Justiça, Rádio Justiça, aplicativo Justiça+ e o canal do Supremo no YouTube. Será possível ainda acompanhar todos os detalhes das sessões, incluindo os bastidores, no portal e nas plataformas do Terra.
A expectativa é de forte audiência pública e institucional. Apenas 1.200 cidadãos poderão acompanhar presencialmente as sessões, em sistema de rodízio. A imprensa também terá presença significativa: foram 501 jornalistas credenciados, número que supera até mesmo grandes coberturas eleitorais. A entrada da imprensa será por ordem de chegada, com 80 lugares disponíveis no plenário da Primeira Turma.
Segurança reforçada e capital sob vigilância
A realização do julgamento, às vésperas do feriado da Independência (7 de setembro) --data que costuma mobilizar apoiadores do ex-presidente--, levou o STF a montar um esquema de segurança considerado inédito desde a redemocratização.
A partir de segunda-feira, 1º de setembro, a Praça dos Três Poderes será completamente fechada, e o perímetro da Corte contará com a presença de tropas de choque, além de varreduras com cães farejadores e inspeções com detectores de metais.
A Corte também receberá reforços da Polícia Judicial, com agentes vindos de outros tribunais federais e estaduais. Por razões estratégicas, o número exato de agentes mobilizados não será divulgado, mas há coordenação direta com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.