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Política

Presidente da CPI do INSS diz que vão ter novas prisões e que há interessados em fazer delação

Ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto foi preso pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira, 13

13 nov 2025 - 09h53
(atualizado às 10h45)
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BRASÍLIA - O presidente da CPI do INSS, Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou nesta quinta-feira, 13, que novas pessoas podem ser presas pelo esquema de desvios em aposentadorias, após a prisão do ex-presidente da entidade Alessandro Stefanutto pela Polícia Federal nesta manhã.

"Isso é só o começo. Tem muita gente que ainda vai ser presa. Tem muita estrutura pública que vai cair. Tem muita verdade que vai aparecer", disse no X (antigo Twitter).

Viana também afirmou que há interessados em fazer delação premiada sobre a fraude. "Há outras pessoas dispostas a fazer delação, inclusive a esta CPMI", afirmou a jornalistas, quando questionado sobre um possível acordo de colaboração do empresário Maurício Camisotti, apontado como um dos principais articuladores do esquema, com a Polícia Federal.

Carlos Viana preside a CPI do INSS
Carlos Viana preside a CPI do INSS
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

Stefanutto é investigado por suspeita de ter permitido os desvios sob sua gestão. Ele assumiu o INSS em julho de 2023, no governo atual do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em nota, a defesa dele classificou a prisão como "ilegal": "Trata-se de uma prisão completamente ilegal, uma vez que Stefanutto não tem causado nenhum tipo de embaraço à apuração, colaborando desde o início com o trabalho de investigação".

Essa fase da Operação Sem Desconto também cumpre 63 mandados de busca e apreensão, incluindo contra parlamentares. Os alvos são o deputado federal Euclydes Pettersen Neto (Republicanos-MG), que vendeu um avião a uma entidade ligada aos desvios, e o deputado estadual do Maranhão Edson Cunha de Araújo, que presidiu entidade de pescadores responsável por descontos associativos. Os deputados ainda não se manifestaram sobre a operação.

Viana afirmou que agora as investigações da Polícia Federal devem se voltar ao que ele chamou de "primeiro núcleo", que seria "formado por políticos, pessoas que de governo a governo ajudaram, incentivaram ou indicaram esses servidores (envolvidos no esquema)".

"Os dois parlamentares não são os únicos. Há outros parlamentares que tem envolvimento e prestarão depoimentos no momento certo ao STF. Se a comissão entender que será necessária a convocação, ela será feita", afirmou o presidente da CPI do INSS. Perguntado sobre quais seriam os outros parlamentares, o senador disse que não pode informar no momento.

Em entrevista ao Estadão em setembro, pouco após o início da CPI, o relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), disse estar "muito convicto" de que a investigação chegaria a deputados e senadores.

Em outubro, Gaspar disse que gostaria de convocar Pettersen e o senador Weverton Rocha (PDT-MA).

Conforme revelou o Estadão em outubro, Weverton mantém como administrador de uma de suas empresas o empresário Rodrigo Martins Correa, que também figura como sócio da Voga, firma que fazia a contabilidade dos negócios do "Careca do INSS", inclusive das offshores.

Na ocasião, o senador do PDT afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a Voga presta serviços para ele há mais de dez anos e que desconhece os demais clientes dela.

Nesta quinta-feira, a CPI ainda votará a convocação de Edson Araújo, um dos alvos da operação deflagrada pela PF.

Estadão
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