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Política

PF apreende US$ 16 mi de vice-presidente de Guiné Equatorial

Apreensão foi feita no aeroporto de Viracopos, em Campinas, interior de São Paulo

16 set 2018 - 12h36
(atualizado às 13h49)
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A Polícia Federal abordou a comitiva do vice-presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Nguema Obiang, na sexta-feira, 14, e encontrou US$ 16 milhões em dinheiro e relógios de luxo. Segundo fontes ouvidas pelo jornal O Estado de São Paulo, dentro de maletas em posse na comitiva foram encontrados "vultosa soma de dinheiro em espécie, em diversas moedas", e pertences de "elevado preço".

Aeroporto Internacional de Viracopos
Aeroporto Internacional de Viracopos
Foto: J.F. Diorio / Estadão

O secretário da Embaixada da Guiné Equatorial, Leminio Akuben MBA Mikue, afirmou em depoimento à Polícia Federal que o vice chegou ao Brasil para "tratamento médico e posteriormente seguiria para Singapura em missão oficial". Leminio Akuben MBA Mikue afirmou que os US$ 16 milhões estavam relacionados à missão oficial.

A comitiva foi abordada às 9h35 de sexta-feira. A aeronave Jumbo 77 em que estava o vice da Guiné Equatorial desembarcou na cidade com 11 passageiros. Obiang foi recepcionado e, por causa das prerrogativas do cargo, não foi inspecionado, mas sua equipe passou pelo crivo da Receita.

O auditor fiscal da Receita Alessandro Grisi Pessoa afirmou em depoimento à Polícia Federal que a comitiva de Teodoro Nguema Obiang levou 4 horas para entregar as chaves de duas malas. O servidor relatou que foi "até a aeronave para proceder à inspeção de controle aduaneiro". No Jumbo 77, afirmou, "foram encontradas duas armas de fogo, as quais foram lacradas no corre da aeronave para que não desembarcassem no País posteriormente, haja vista que não haviam sido declaradas".

Alessandro Grisi Pessoa disse à PF que "os integrantes da comitiva não foram dispensados da inspeção", mas "forçaram passagem por aquela porta, na tentativa de embarcar na aeronave, sem obedecer aos trâmites aduaneiros". O servidor relatou que uma das malas "chamava muita atenção por aparentar ser muito pesada, pelo esforço que aquele que a carregava estava fazendo".

"Após cerca de quatro horas de tratativas, concordaram que as malas fossem abertas", afirmou.

"O vice-presidente de Guiné Equatorial entregou as chaves das malas ao representante do consulado daquele país; que retornaram ao desembarque internacional onde, em uma área reservada, procedeu-se a abertura das malas; que o momento da abertura das malas foi registrado em áudio e vídeo."

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