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Política

O que se sabe sobre tiros que atingiram senador Cid Gomes em protesto de PMs no Ceará

Segundo Ciro Gomes, irmão de Cid, o senador foi atingido por dois disparos de arma de fogo, mas não corre risco de morrer.

19 fev 2020 - 19h11
(atualizado às 19h18)
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O senador Cid Gomes (PDT) foi baleado em Sobral, no Ceará
O senador Cid Gomes (PDT) foi baleado em Sobral, no Ceará
Foto: Zeca Ribeiro/Agência Brasil / BBC News Brasil

O senador Cid Gomes (PDT) foi baleado na tarde desta quarta-feira (19/02) em Sobral, no interior do Ceará. O político foi atingido quando, ao volante de um trator, forçava o portão de um quartel da Polícia Militar onde estavam policiais grevistas.

De acordo com a assessoria de imprensa do senador, ele foi atingido por tiros de arma de fogo. A informação foi reiterada por Ciro Gomes, irmão de Cid, por meio de uma publicação no Twitter.

Por meio de nota, a equipe de comunicação de Cid Gomes informou que ele foi levado ao Hospital do Coração de Sobral, onde ele passava "por estabilização". Após o procedimento, ele seria transferido para a Santa Casa de Misericórdia de Sobral.

Ciro Gomes, disse que o senador foi atingido por dois disparos que "não atingiram órgãos vitais", "apesar de terem mirado seu peito esquerdo".

"Novos exames estão sendo feitos mas a palavra aos familiares e amigos é de que Cid não corre risco de morte. Espero serenamente, embora cheio de revolta, que as autoridades responsáveis apresentem prontamente os marginais que tentaram este homicídio bárbaro às penas da lei", afirmou Ciro em mensagem no Twitter.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou por meio de nota à imprensa que "está acompanhando a situação no Ceará e analisando as providências que podem ser tomadas". A pasta disse ainda que enviou equipes da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Federal para Sobral para garantir a segurança do senador.

A greve

O movimento dos policiais militares do Ceará começou na terça-feira (18) após uma proposta de reestruturação salarial da categoria começar a tramitar na Assembleia Legislativa do Estado.

Segundo o jornal Diário do Nordeste, protestos contra o projeto começaram a ocorrer em alguns pontos do Estado. Em Fortaleza, um grupo com cerca 30 pessoas encapuzadas invadiu um batalhão e levou 10 viaturas do local, na madrugada da quarta.

Outras 20 pessoas mascaradas furaram os pneus de carros estacionados no pátio de outro batalhão, localizado no Conjunto Ceará. Segundo a publicação, veículos particulares também foram vandalizados.

O secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará, André Costa, afirmou no início da tarde que "infelizmente há alguns grupos na PM praticando crimes e atos de vandalismo". Ele disse, também, que o governo está "trabalhando focado na proteção da população cearense".

"Para essas pessoas, o Estado, segurança pública e as corporações vão agir com todo o rigor que a lei prevê. Condutas de motim, de revolta, atos de insubordinação não serão tolerados", disse.

Até o início da tarde, já haviam sido instaurados 261 Inquéritos Policiais Militares, além de processos disciplinares, contra o movimento.

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