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Política

No Senado, Collor ataca MPF e fala até em "tragos" de Janot

Endereços do ex-presidente foram alvo de buscas e apreensões da Polícia Federal; senador criticou "operação espetaculosa"

14 jul 2015 - 19h04
(atualizado às 19h46)
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Alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal (PF), o senador Fernando Collor (PTB-AL) usou a tribuna do Senado nesta terça-feira (14) para atacar o Ministério Público Federal (MPF) e o chefe do órgão, o procurador-geral Rodrigo Janot. Irritado, o ex-presidente falou que o País vive em uma “ditadura do MPF” e fez até menção a um suposto “hábito vespertino” de Janot com a bebida.

Fernando Collor disse que o País vive uma “ditadura do MPF”
Fernando Collor disse que o País vive uma “ditadura do MPF”
Foto: Agência Brasil

“Quem não se lembra daquela foto patética que ele se deixou mostrar, saindo da Procuradoria à noite. Depois de uns tragos que é algo comum de seus hábitos vespertinos, desce do carro e pega um papelão, de salvador da pátria, de forma sorridente, se achando o cara, posa para fotografias. Autopromoção, desperdício do dinheiro público”, disse Collor, em um dos ataques ao procurador. 

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O senador, que já havia divulgado nota criticando a operação, disse que teve seu apartamento arrombado por agentes liderados por Janot, que teriam recolhido apenas “papéis desconexos”.

“Pior, na minha outra residência (Casa da Dinda), apreenderam outros três veículos de minha propriedade, tudo fazendo parte de uma operação espetaculosa, absolutamente desnecessária, orquestrada com o único intuito mesquinho e mentiroso de vincular a uma organização criminosa bens e valores legalmente declarados e adquiridos”, disse Collor, em referência aos três carros de luxo (uma Ferrari, uma Lamborghini e um Porsche) apreendidos.

Durante o discurso, o parlamentar lembrou de vários pronunciamentos que fez contra o chefe do MPF, como uma “carteirada” que Janot teria dado num hospital do Rio em benefício do irmão, e até fez referência a supostos suicídios de funcionários da procuradoria que teriam sido vítimas de assédio moral.

Apesar de se considerar “humilhado”, Collor disse que não vai se intimidar com a Operação Lava Jato. O doleiro Alberto Youssef disse, em acordo de delação premiada, que o ex-presidente recebeu R$ 3 milhões de propina em um negócio com a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. “Constrangido, fui. Humilhado, também fui. Mas podem ter certeza que intimidado eu jamais serei”, concluiu.

Fonte: Terra
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