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Política

Nelson Barbosa assume Ministério da Fazenda no lugar de Joaquim Levy

18 dez 2015 - 19h49
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O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, será o substituto de Joaquim Levy, que confirmou nesta sexta-feira sua renúncia do Ministério da Fazenda, segundo informou o Palácio do Planalto em comunicado.

Na nota de imprensa, Dilma agradece ""a dedicação do ministro Joaquim Levy, que teve papel fundamental no enfrentamento da crise econômica, e deseja muito sucesso nos seus desafios futuros".

Levy tinha se negado a confirmar nesta manhã em entrevista coletiva sua renúncia, mas confessou que sente uma certa "decepção" do Executivo e do Congresso pela "falta de respaldo" a algumas medidas que propôs para ajustar as contas públicas e cortar a despesa.

Após a conversa com jornalistas, o ministro emitiu um comunicado em tom de despedida no qual afirmou que chega no final de 2015 "preocupado com a situação do país", mas confiante em que "a economia brasileira tem fundamentos positivos e sólidos".

Levy declarou que "o Brasil é maior que qualquer gestão política ou percalço de curto prazo" e defendeu que "ninguém quer o impeachment como primeira opção".

O ministro entrou no governo em janeiro durante a reforma ministerial impulsionada por Dilma para seu novo mandato e a nomeação de Levy, um economista independente com fama de ser defensor do corte dos gastos públicos, foi recebido de forma positiva pelo mercado.

Levy vinha do setor bancário e assumiu a pasta da Fazenda com o objetivo de liderar um polêmico ajuste fiscal para endireitar as maltratadas contas públicas, um projeto que teve dificuldades para avançar em um Congresso fragmentado inclusive entre a base aliada.

O pacote de medidas assinadas pela equipe de Levy incluem uma forte redução do gasto público e o aumento da arrecadação pela via tributária, o que fez esfriar a economia.

A aprovação do ajuste era uma das condições das agências de classificação de risco para o Brasil manter seu grau de investimento, mas o selo de bom pagador foi retirado esta mesma semana perante a paralisação das negociações no Congresso, centrado nos trâmites para iniciar o processo de impeachment de Dilma.

A pasta será assumida agora por Barbosa, mais identificado que seu antecessor com as políticas de Dilma.

Barbosa teve algumas divergências com Levy sobre a aplicação do ajuste fiscal e seu perfil se encaixa em em um momento no qual a presidente procura tecer uma rede de apoios no Congresso para levar adiante os projetos do Executivo.

De acordo com o comunicado do Planato, Barbosa será substituído no Ministério do Planejamento pelo atual titular da Controladoria Geral da União, Valdir Simão, que por sua vez será substituído interinamente por Carlos Higino Ribeiro de Alencar.

EFE   
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