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Política

'Não tem cabimento levantar qualquer dúvida sobre as eleições', diz Pacheco

Presidente do Senado rebate Bolsonaro, que defende contagem paralela de votos controlada pelas Forças Armadas

28 abr 2022 - 11h51
(atualizado às 13h53)
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'Há um alinhamento importante entre o Senado e a Justiça Eleitoral', disse o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
'Há um alinhamento importante entre o Senado e a Justiça Eleitoral', disse o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
Foto: Roque de Sá/Agência Senado - 3/2/2022 / Estadão

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), declarou nesta quinta-feira (28) que "não tem cabimento levantar qualquer dúvida sobre as eleições no Brasil". Em publicação no Twitter, o líder ressaltou que as instituições e a sociedade podem ter convicção da normalidade do processo eleitoral. As afirmações foram dadas um dia após o presidente Jair Bolsonaro (PL) defender uma contagem paralela de votos controlada pelas Forças Armadas.

"As instituições e a sociedade podem ter convicção da normalidade do processo eleitoral. A Justiça Eleitoral é eficiente e as urnas eletrônicas confiáveis. Ainda assim, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) está empenhado em dar toda transparência ao processo desde agora, inclusive com a participação do Senado", escreveu Pacheco nas redes sociais. "Não tem cabimento levantar qualquer dúvida sobre as eleições no Brasil. O Congresso Nacional é o guardião da democracia!", completou.

Nesta quarta-feira (27), durante uma cerimônia no Planalto, Bolsonaro, além de defender a presença dos militares na apuração dos votos, disse que a possível suspeita dos resultados eleitorais poderia acontecer em relação à disputa presidencial e legislativa."Não pensem que uma possível suspeição de uma eleição vai ser apenas no voto para presidente, vai entrar para o Senado, a Câmara, se tiver, obviamente, algo de anormal", declarou Bolsonaro.

O presidente também voltou a atacar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso. Ex-presidente do TSE, Barroso disse na semana passada que as Forças Armadas estão sendo usadas para tirar a credibilidade do processo eleitoral brasileiro.

Depois de um período de pacificidade diante das Instituições brasileiras, Bolsonaro voltou a atacar ministros da Suprema Corte e a colocar em xeque os resultados eleitorais. Como avaliado por especialistas ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, as movimentações do presidente refletem a tentativa de unir sua base eleitoral e reforçar a presença no segundo turno das eleições.

Estadão
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