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Política

Marina deve anunciar dobradinha com Eduardo Campos para 2014

Aliança entre o PSB, PPS e a Rede Sustentabilidade será de oposição ao PT

5 out 2013 - 12h21
(atualizado às 16h09)
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O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) publicou foto no Facebook de reunião entre Marina Silva e Eduardo Campos na manhã deste sábado
O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) publicou foto no Facebook de reunião entre Marina Silva e Eduardo Campos na manhã deste sábado
Foto: Reprodução

A ex-senadora Marina Silva deve anunciar na tarde deste sábado sua filiação ao PSB, partido presidido pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Dessa forma, Campos e Marina formarão a principal chapa eleitoral de oposição à presidente Dilma Rousseff nas eleições do ano que vem. A estratégia é montar uma “aliança programática” com o PPS, presidido pelo deputado federal Roberto Freire, e a estrutura ainda não oficializada da Rede Sustentabilidade, partido que teve o registro negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para somar forçar no pleito.

As negociações de Marina com Campos e Freire se estreitaram na noite de ontem, após a ex-senadora convocar uma coletiva à imprensa para dizer que ainda não havia chegado a uma decisão sobre seu futuro político. Em sua fala, no entanto, Marina já dava sinais de que gostaria de uma solução que quebrasse com a polaridade vista nas últimas eleições entre PT e PSDB.

“Vai pesar na minha decisão a disposição dos que estão preocupados com a ideia de que a gente tem que quebrar a polarização ‘oposição por oposição’, ‘situação por situação’. Devemos pensar no País, configurar uma agenda de investimentos estratégicos, em infraestrutura, saúde e educação. Estas são as questões que estão pesando aqui no processo decisório”, disse ontem.

O acordo costurado ao longo da madrugada contou com o apoio dos senadores Pedro Simon e Jarbas Vasconcelos, ambos do PMDB, mas ligados a Marina. A ex-senadora ficou reunida com seus apoiadores até as 4h da manhã. Pela manhã, Marina se reuniu com Freire e comunicou sua estratégia. A conversa com Campos, que chegou a Brasília na manhã de hoje, deve ocorrer no início da tarde. O anúncio à imprensa está marcado para as 15h.

Nas conversas ficou decidido que, num primeiro momento, não se falará sobre a candidatura à presidência da República, permanecendo tanto Campos quanto Marina na condição de pré-candidatos. A definição será dada mais adiante, provavelmente de acordo com a posição de cada um nas pesquisas de opinião. No momento, Marina Silva está em segundo nas sondagens para a eleição do ano que vem, com índices que variam de 25% a 16%, enquanto o governador de Pernambuco está em quarto lugar com cerca de 5% dos votos. 

Registro

O sonho de Marina em disputar a eleição já pelo seu novo partido foi abatido na noite de quinta-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A maioria dos ministros entendeu que a Rede Sustentabilidade não cumpriu os requisitos exigidos por lei para que fosse criada, uma vez que o grupo capitaneado pela ex-senadora obteve cerca de 50 mil assinaturas a menos que o mínimo necessário, de 492 mil. 

Diante da decisão do TSE, recebida aos choros por apoiadores de Marina que acompanhavam a sessão, a Rede poderá continuar o processo de criação, mas só poderá disputar uma eleição daqui a dois anos. Isso porque o prazo final para o registro de partidos para que disputem o pleito do ano que vem se encerra amanhã, data limite também para que políticos que queiram concorrer a um cargo eletivo se filiem a uma legenda.

Após a sessão do TSE, Marina lamentou o fato de não ter conseguido reunir as assinaturas necessárias. Mesmo criticando a morosidade dos cartórios eleitorais na conferência dos apoios, a ex-senadora admitiu que poderia ter agido de forma diferente para garantir a presença da Rede nas eleições de 2014.

“Nós descartamos 220 mil assinaturas pelos nossos próprios critérios. Talvez tivéssemos anexado 100 mil, poderíamos contabilizar pela quantidade e não pela qualidade. Mas para nós, os fins e os meios tem que ser compatíveis. Não queremos apenas um registro, queremos ser uma contribuição para a realidade política brasileira. Aqueles que acham que o poder é um fim em si mesmo se contentam com um registro”, disse.

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Fonte: Terra
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