Manifestantes fazem ato na Esplanada para pedir intervenção militar e até prisão de Lula
Apoiadores de Bolsonaro decidem ir a pé do Quartel General do Exército até o gramado em frente ao Congresso Nacional para pedir intervenção das Forças Armadas contra governo Lula
BRASÍLIA - Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro decidiram radicalizar o discurso e foram até a Esplanada dos Ministérios pedindo a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, intervenção militar e Bolsonaro de volta ao poder. Um grupo de manifestantes andou a pé do quartel general do Exército para o gramado em frente ao Congresso Nacional, em Brasília.
O governo prometeu endurecer a ação contra extremistas. O ministro da Justiça, Flávio Dino, autorizou o uso da Força Nacional para o local das manifestações, na capital federal. O ministro da Defesa, José Múcio, também assumiu a atuação e inspecionou pessoalmente os lugares onde estão os apoiadores de Bolsonaro. A inteligência do governo identificou ainda no sábado, 7, a chegada de mais de 100 ônibus para os atos, o que acendeu o alerta da área de segurança.
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro indo do QG do Exército para a Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Lula na cadeia, intervenção militar, Bolsonaro presidente e Supremo é o povo são as faixas levantadas. pic.twitter.com/wRCROI3Ji3
— Daniel Weterman (@DanielWeterman) January 8, 2023
Faixas com as inscrições "Lula na cadeia", "intervenção militar", "supremo é o povo" e "Bolsonaro presidente" foram erguidas no meio da manifestação. A convocação foi feita por grupos de apoiadores do ex-presidente. O discurso é ir em frente ao Congresso Nacional para esperar alguma ação das Forças Armadas contra o governo Lula, medida que contraria a Constituição, mesmo que não haja nenhum indício por parte dos militares de que isso vá ocorrer.
Agora na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Policiais estão no local. Governo promete ação dura contra atos extremistas.
Vídeo de ?@WiltondeSousaJ1?, do ?@Estadao?: pic.twitter.com/bm1bjAZUdf
— Daniel Weterman (@DanielWeterman) January 8, 2023
Mais cedo, o ministro da Justiça afirmou esperar que a polícia não precise atuar e destacou que a "tomada de poder" só poderá ocorrer em 2026, com uma nova eleição presidencial. Houve apelo nos grupos de apoiadores de Bolsonaro para que as pessoas não se intimidem e mantenham a manifestação, que não tem hora nem data para terminar.