Lula deve convocar reunião ministerial para alinhar discurso sobre tarifaço e regulação de big techs
Presidente quer ministros defendendo ações para enfrentar taxação imposta pelos EUA e também a proposta do governo para regular plataformas digitais
Lula planeja reunião ministerial para unificar discursos sobre medidas contra tarifa dos EUA e proposta de regulação de redes sociais, que inclui projetos de lei e normas baseadas em decisão do STF.
BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia realizar uma reunião ministerial na próxima terça-feira, 26. Segundo auxiliares do petista no Palácio do Planalto, a pauta do encontro será o alinhamento do discurso governista sobre as reações ao tarifaço imposto pelo governo Donald Trump e a regulação das redes sociais.
Lula já começou a convocar os ministros nesta terça-feira, 19, quando se reuniu com cinco integrantes da Esplanada no Palácio da Alvorada. Estiveram com o chefe do Executivo os ministros Esther Dweck (Gestão e Inovação), Fernando Haddad (Fazenda), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Jader Filho (Cidades), Rui Costa (Casa Civil), Sidônio Palmeira (Comunicação Social).
Se realizada, essa será a segunda reunião ministerial do ano. A primeira foi feita no dia 20 de janeiro e buscou planejar as ações do governo para 2025.
Agora, Lula quer que os ministros adotem um mesmo tom para defender a medida provisória que protege empresas dos efeitos da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, nomeada pelo governo de MP do Brasil Soberano e anunciada na semana passada.
O chefe do Executivo também deseja que os auxiliares demostrem apoio à proposta de regulação das redes sociais que deve ser enviado ao Congresso Nacional até a próxima semana. Conforme apurou o Estadão/Broadcast, o texto está na fase final de elaboração no Planalto.
O plano do governo Lula para regular as plataformas digitais, composto por dois projetos de lei que devem ser enviados ao Congresso nos próximos dias, incorpora o que decidiu o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a responsabilidade civil das empresas, prevê controle parental em redes sociais e evita tratar de desinformação.
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