Lula critica Câmara e diz que havia acordo para aprovar MP do IOF: 'Uma merrequinha a mais e eles votam contra'
Nesta semana, a Câmara retirou da pauta a medida provisória que previa arrecadação alternativas ao IOF
Lula criticou a Câmara por rejeitar a medida provisória que previa taxação maior para fintechs e bets e afirmou que havia acordo no Congresso para sua aprovação.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta sexta-feira, 10, a Câmara dos Deputados por retirar da pauta a medida provisória que previa arrecadações alternativas ao aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF).
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"A gente manda um projeto de lei depois de acordado no Congresso Nacional para as pessoas que ganham acima de R$ 600 mil e acima de R$ 1 milhão pagar uma merrequinha a mais, para que as fintechs paguem um pouquinho mais, para que as bets paguem um pouquinho mais, e eles votam contra. Esse dinheiro podia ser para fazer com que a gente tivesse um pouco mais de políticas de inclusão social", disse Lula.
A crítica do presidente foi feita durante cerimônia de anúncio do novo modelo de crédito imobiliário, em São Paulo. Também estaviveram no evento o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Jader Filho (Cidades), Rui Costa (Casa Civil), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência), além do presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, e do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, entre outras autoridades.
Nesta semana, o governo sofreu uma derrota no Congresso, com a derrubada da medida provisória que taxava, por exemplo, bets e fintechs. Com a retirada de pauta, portanto, o texto caducou. A proposta era uma forma de compensação pelo recuo de aumentos nas alíquotas do IOF e reforçaria o caixa do governo em ano eleitoral.
A MP aumentava a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) cobrada das fintechs de 9% para 15%. Já as fintechs de grande porte e as empresas de capitalização passariam também a pagar 20%, assim como os grandes bancos são cobrados atualmente.
Em relação às bets, o texto chegou a prever o aumento da tributação de 12% para 18%, mas o relator abriu mão da elevação em uma tentativa de salvar a MP.
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