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Política

Lava Jato: PMDB acusa governo de interferir em investigações

Eduardo Cunha e Renan Calheiros são os principais nomes do partido citados na lista da PGR

8 mar 2015 - 08h52
(atualizado às 09h09)
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<p>Renan e Cunha em reunião com o e-xpresidente Lula no mês passado</p>
Renan e Cunha em reunião com o e-xpresidente Lula no mês passado
Foto: Twitter / Reprodução

O comando do PMDB no Congresso atribuiu interferência do Planalto na elaboração da lista de parlamentares que serão investigados pelo Supremo a pedido da Procuradoria-Geral da República, segundo informações publicadas neste domingo pelo jornal Folha de S.Paulo. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) foi citado com sendo núcleo político de quadrilha para desviar recursos da Petrobras, enquanto o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi acusado pelo doleiro Alberto Youssef de receber propina por um contrato da estatal.

Ao jornal, Cunha afirmou que o governo quer sócio na lama e que só entrou para que Antônio Anastasia (PSDB-MG) pudesse fazer parte da lista. Cunha e Anastasia aparecem em um mesmo depoimento da Lava Jato, em que o policial afastado Jayme Alves de Oliveira Filho contou ter entregado R$ 1 milhão ao tucano a mando de Youssef, o que o senador nega. Cunha considerou a peça da procuradoria como “uma piada”, de acordo com a Folha.

Ao jornal, o presidente da Câmara disse saber exatamente o jogo político que aconteceu, afirmando que o procurador-geral, Rodrigo Janot, agiu como aparelho “visando a imputação política de indícios como se todos fossem participantes dessa lama”.

Já Renan Calheiros teria afirmado que o jogo do governo era “quanto mais gente tiver na lista, melhor, desde que tenha o Aécio”. Além disso, o presidente do senado disse que Dilma ficou p... da vida quando soube que o senador tucano não estava entre os relacionados e decidiu “vazar” que Renan e Cunha estavam na lista para “jogar o problema para o outro lado da rua”. Renan também acusou Janot de estar "em campanha aberta para se reeleger", já que seu mandato vai até setembro.

À Folha, o Ministério Público afirmou que seguiu critérios técnicos e jurídicos nos pedidos de inquérito.

Fonte: Terra
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