Governo reconhece Vladimir Herzog como anistiado político
Decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira, 18. Jornalista foi torturado e morto em 1975 pela ditadura militar
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), por meio da Comissão da Anistia, reconheceu o jornalista Vladimir Herzog, torturado e morto pela ditadura militar, como anistiado político post mortem. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira, 18.
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A viúva de Vladimir Herzog, Clarice Herzog, receberá uma pensão mensal vitalícia no valor de R$ 34.577,89. De acordo com a pasta, o pagamento é uma reparação econômica de caráter indenizatório e ocorre em cumprimento à decisão judicial proferida pela 2ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Distrito Federal.
Em abril de 2024, a Comissão de Anistia já havia concedido a condição de anistiada política e fez um pedido de desculpas em nome do Estado brasileiro à Clarice Herzog pela perseguição sofrida por anos.
Vladimir Herzog era diretor de jornalismo da TV Cultura de São Paulo quando foi convocado pelo Exército para prestar depoimento sobre as ligações com o Partido Comunista Brasileiro, em outubro de 1975. O jornalista compareceu ao Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) e nunca mais foi visto com vida.
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