Familiares de Marielle e Anderson movem ação cobrando milhões de assassinos condenados
Ação, movida pela Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, solicita indenização pelos danos morais e materiais causados às famílias
Os familiares da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, mortos em 2018, moveram uma ação de responsabilidade civil contra os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, condenados pelo crime. As informações são do blog Ancelmo Gois, do jornal O Globo.
A ação, movida pela Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, solicita indenização pelos danos morais e materiais causados aos familiares das vítimas. O processo foi iniciado pouco antes da virada do ano.
Os pais e a filha de Marielle, além da viúva e do filho de Anderson, afirmam que o assassinato causou danos irreversíveis, tanto emocionais quanto financeiros. Considerando as pensões reivindicadas, o valor total da indenização é estimado em mais de R$ 7 milhões.
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O processo aponta que Luyara, filha da vereadora, dependia financeiramente da mãe para finalizar seus estudos, enquanto Anderson era o responsável pelo sustento da família e do filho, que possui uma condição congênita e requer cuidados médicos constantes.
Os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram condenados pelos crimes de duplo homicídio triplamente qualificado — por motivo torpe, emboscada e uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas —; tentativa de homicídio contra Fernanda Chaves, assessora de Marielle que sobreviveu ao atentado; e receptação do veículo Cobalt prata clonado usado no crime.
Lessa foi sentenciado a 78 anos e 9 meses de prisão, enquanto Queiroz recebeu uma pena de 59 anos e 8 meses.
Além da indenização por danos morais, a ação cível solicita o pagamento de uma pensão vitalícia à família de Anderson e uma compensação financeira aos pais de Marielle.
O Terra entrou em contato com a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, mas não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem.