De qual igreja Silas Malafaia é pastor?
Pastor virou assunto ao ter conversas com ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vazadas e ter celular e passaporte apreendidos
Silas Malafaia, 66 anos, virou assunto após ter o celular e passaporte apreendidos e ter conversas do celular do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com o pastor divulgadas pela Polícia Federal durante investigação sobre suposta intervenção do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos.
O excesso de palavrões dito pelo religioso chamou a atenção e despertou curiosidades de muitos. Silas Malafaia é pastor de qual igreja?
Ele é líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), ministério neopentecostal renomeado, em março de 2010, da antiga assembleia de Deus da Penha, quando Malafaia assumiu a presidência do igreja.
Além disso, ele exerce o cargo de vice-presidente do Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Brasil (CIMEB), que reúne cerca de 8 mil pastores de diversas denominações.
No Instagram, Malafaia tem mais de 4 milhões de seguidores, onde compartilha mensagens sobre fé e fez um longo desabafo criticando Alexandre de Moraes. O líder religioso afirmou que voltava de Portugal, onde inaugurou igrejas quando foi abordado pela PF no aeroporto internacional do Rio de Janeiro e teve o celular e cadernos apreendidos "com mensagens bíblicas".
"O pior, apreender meu passaporte. Eu sou criminoso? Que país é esse, gente? Aprender o passaporte de um líder religioso. Eu sou um líder religioso reconhecido na igreja evangélica de todo o mundo. Tenho agendas internacionais e tenho meu passaporte aprendido. Como se eu fosse um criminoso", disparou.
Busca e apreensão e inquérito no STF
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou uma operação da Polícia Federal contra Malafaia no Aeroporto Internacional do Galeão na quarta-feira, 20. O pastor teve seu celular apreendido e foi impedido de deixar o país ou ter contato com outros investigados.
Segundo a Procuradoria-Geral da República, Malafaia teria atuado como orientador de ações de coação promovidas por Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo, com o objetivo de interferir em julgamentos no STF relacionados à tentativa de golpe de Estado.
Em resposta, Malafaia criticou duramente Moraes, chamando-o de "desgraçado", "ditador da toga", e ainda disse que ele "mexeu com o cara errado", acusando o ministro de transformar opinião em crime e até defendendo abertamente o impeachment de Moraes.
Pressão por anistia e divisão entre evangélicos
Em março de 2025, Silas Malafaia apareceu nos holofotes ao mobilizar sua base evangélica em torno do projeto de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Ele afirmou confiar que “90% da bancada evangélica votaria "a favor” e chegou a organizar uma manifestação com Jair Bolsonaro para pressionar congressistas.
No entanto, sua fala agressiva com o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, em vídeo divulgado em 19 de março, gerou um racha no alto escalão evangélico. Malafaia chamou Pereira de “cretino” e “uma vergonha para os evangélicos” por sinalizar que ainda não era o momento adequado para votar a anistia. A reação veio rapidamente, com líderes e parlamentares criticando o tom do pastor e afirmando que ele “transpira ódio” e age com falta de inteligência.