PUBLICIDADE

Política

Campos: por fisiologismo, Dilma se afastou da esquerda

"Cada vez mais as forças de esquerda progressistas foram sendo colocadas de lado, e o fisiologismo foi ficando no centro do governo. E nós chamamos a atenção disso", afirmou Eduardo Campos

21 mar 2014 - 18h06
(atualizado às 18h09)
Compartilhar
Exibir comentários

O governador de Pernambuco e pré-candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB) declarou, nesta sexta-feira, em Petrolina - município a 703 quilômetro do Recife - que a presidente Dilma Rousseff (PT) se afastou da esquerda progressista em razão do fisiologismo com alguns partidos conservadores. “Cada vez mais as forças de esquerda progressistas foram sendo colocadas de lado, e o fisiologismo foi ficando no centro do governo. E nós chamamos a atenção disso”, afirmou o presidenciável, acrescentando: “Eu procurei ajudar o governo que eu ajudei a eleger”.

<a data-cke-saved-href="http://noticias.terra.com.br/infograficos/mapa-eleitoral-2014/" href="http://noticias.terra.com.br/infograficos/mapa-eleitoral-2014/">Mapa eleitoral 2014</a>

Segundo Campos, o PT iniciou, naquele momento, um processo de distanciamento político da sociedade. “No primeiro ano, achávamos que o governo ia fazer uma continuidade e melhorar o que Lula estava fazendo, que ia ter uma mudança política, que o centro do governo não ia ser aquela aliança velha, mofada, de Brasília, de costas para o povo”, disse ele.

Apesar de crítico à política de alianças do governo federal, como governador de Pernambuco, Campos empreendeu alianças com legendas reconhecidamente conservadoras no plano estadual, como PMDB e PSDB, e articula com o DEM (antigo PFL).

Campos recordou que, em 2012, o PSB disputou em seis capitais com o PT e, passado o pleito, procurou a petista. “Eu disse: presidenta, nós temos divergências com a condução do governo, é preciso mais diálogo, o pacto na rua, o que a sociedade quer não é essa aliança que está aqui (em Brasília). Tem que arejar isso, tem que renovar”, disse ele, ressaltando que fez isso pessoalmente, não pela imprensa.

E, apesar das sucessões de críticas nominalmente à chefe do Executivo, Campos negou que tenha faltado com respeito a ela. “Em hora nenhuma faltamos com respeito à presidenta. Nem como pessoa, nem como a nossa presidenta da República, mas nós temos uma constatação: ela foi eleita para melhorar o Brasil, e o Brasil não tem melhorado. O Brasil parou de melhorar sob o comando dela”, disse o pessebista.

O pré-candidato cumpriu três agendas no município, como parte da maratona de visitas oficiais ao interior do Estado e de entregas de obras, antes de deixar o cargo de governador de Pernambuco no próximo dia 4 de abril para disputar a Presidência. 

<a data-cke-saved-href="http://noticias.terra.com.br/brasil/infograficos/sopa-de-letrinhas-da-politica-brasileira/" href="http://noticias.terra.com.br/brasil/infograficos/sopa-de-letrinhas-da-politica-brasileira/">Sopa de letrinhas da política brasileira</a>
Fonte: Especial para Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade