Script = https://s1.trrsf.com/update-1765224309/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Política

Cabral diz 'desaprovar e desautorizar' dossiês contra adversários

Segundo reportagem da revista 'Época', partido do governador colheu documentos que comprometem o senador Lindbergh Farias (PT)

25 mar 2013 - 17h48
(atualizado às 17h50)
Compartilhar
Exibir comentários

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), emitiu nota nesta segunda-feira negando o uso de dossiês contra adversários políticos, dois dias após o senador e pré-candidato ao governo do Estado em 2014 Lindbergh Farias (PT) atribuir ao PMDB o repasse de informações a reportagem da revista Época. A publicação, a partir de documento obtido com o PMDB, fez um levantamento e obteve uma série de documentos com denúncias contra Lindbergh. Os papéis são de um inquérito que Lindbergh responde no Supremo Tribunal Federal (STF), com acusações de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro - relativas ao período em que foi prefeito de Nova Iguaçu, entre 2005 e 2010.

"O governador desaprova e desautoriza o uso de dossiês, lamentando constatar a atribuição deste ao PMDB. À Justiça, cabe julgar fatos. Quaisquer diferenças entre políticos devem ser tratadas com a devida seriedade e respeito dentro do campo político", afirma Cabral em nota.

Segundo a reportagem, a investigação teve como base depoimentos da ex-chefe de gabinete da Secretaria de Finanças de Nova Iguaçu Elza Elena Barbosa Araújo. Ela disse que o senador montou um esquema de captação de propina entre empresas contratadas pelo município, cujo valor podia chegar a R$ 500 mil por contrato.

O esquema ainda bancava as prestações de um apartamento da mãe de Lindbergh, num edifício em Brasília. O Ministério Público Eleitoral (MPE) considerou os depoimentos "homogêneos e ricos em detalhes". Os peemedebistas reuniram outras acusações contra Lindbergh e o presidente do partido no Rio, Jorge Picciani, chamou Lindbergh de "covarde, moleque e carreirista". Ainda de acordo com a revista, desde que se lançou pré-candidato a governador do Estado, o petista vinha sendo alvo do "fogo amigo" do PMDB, que pretende tornar o vice-governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB), o sucessor de Cabral.

Em vídeo divulgado em sua página no Facebook no sábado, Lindbergh lembrou o episódio em que o deputado federal Anthony Garotinho (PR) publicou fotos na internet dos secretários de Cabral, em que aparecem em 2009 se divertindo com guardanapos na cabeça, em Paris, ao lado do governador e do ex-presidente da Delta Construções Fernando Cavendish. "Não adianta. Eles não vão conseguir colocar um guardanapo na minha cabeça. Nós temos outra conduta", disse o senador.

Entre outras declarações, o senador classificou como "velha e requentada" a denúncia publicada na revista. "Ela foi feita em 2007. Na época em que foi feita, é preciso que se diga, a denunciante disse que jamais presenciou qualquer participação de Lindbergh Farias nos fatos por ela denunciados. Ela fala isso no primeiro momento", ressalta o político, negando a denúncia. "Houve uma violência grande. Quebraram o sigilo de toda a minha família. Fizeram uma devassa. Quebraram o sigilo dos meus irmãos, da minha esposa, da minha mãe e do meu pai falecido há mais de 17 anos", reclamou.

O senador também questiona o retorno ao tema. "Isto foi em 2007. Nós estamos em 2013. E sabe o que apareceu? Nada. Porque não tem nada. É uma denúncia mentirosa. E nem vai aparecer. Se tivesse alguma coisa, já teria aparecido, porque eles queriam me viabilizar a todo o tempo. Eu sei do que eu tive que me livrar. Da perseguição deles nesse processo todo", afirma no vídeo.

Jornal do Brasil Jornal do Brasil
Compartilhar
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade