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Política

Cabral deixa cargo e afirma que fez "revolução silenciosa"

Sem citar que saída é relacionada à candidatura ao Senado, ex-governador passou cargo a Pezão em solenidade oficial nesta manhã

4 abr 2014 - 13h00
(atualizado às 14h06)
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Solenidade foi realizada nesta manhã
Solenidade foi realizada nesta manhã
Foto: Mauro Pimentel / Terra

Sérgio Cabral deixou o cargo de governador do Rio de Janeiro depois de sete anos e três meses no poder, dizendo que fez no Estado o que chamou de uma revolução silenciosa. "Quando entramos o quadro era tenebroso. Um mês antes de assumirmos, fomos constrangidos pelo tráfico com ataques à população e havia muito ceticismo das pessoas quanto ao futuro do Estado", contou durante cerimônia no Jardim de Inverno do Palácio Guanabara nesta sexta-feira, afirmando que desde o primeiro momento decidiu apostar na política de segurança pública.

Sobre as UPPs, Sérgio Cabral disse que Pezão entrou nas comunidades antes da pacificação, para ver o que as pessoas precisavam. "Hoje as pessoas andam no teleférico do Alemão porque Pezão foi lá antes e me disse o que precisava ser feito", lembrou. 

Cabral condenou a política de seus antecessores, que acusou de lotear politicamente todos os cargos até mesmo a forma ditatorial como o governo militar fundiu os Estados da Guanabara e do Rio de Janeiro em 1975. "Apostar na segurança era apostar no futuro do Estado”, ressaltou. "Hoje deixo o governo onde ainda há muito que avançar, mas que os professores tem a segunda melhor hora/aula do País, nossa posição no Ideb (índice de Desenvolvimento  da Educação Básica) só cresce e as UPPs marcaram o momento de mudança de conceito da política de Estado", disse.

Obra do Maracanã foi um dos assuntos abordados 

Em nenhum momento, Cabral citou que será candidato ao Senado, mas sua saída nesta data deixa clara essa intenção. Ele elogiou ainda a parceria com o governo federal. "Lula e Dilma são grandes brasileiros. Infelizmente o Rio tinha o hábito do prefeito não falar com o governador e vice-versa", contou. "Tenho orgulho de ter enfrentado lutas delicadas em que acharam que iríamos romper com o governo, como na questão dos royalties, mas vencemos", ressaltou, elogiando o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha, maior pedra no sapato do governo Dilma. 

O ex-governador defendeu a obra do Maracanã dizendo que o estádio não é elefante branco. "É o maior centro emotivo do futebol do planeta", exagerou, deixando de citar que a obra começou custando R$ 600 milhões e acabou custando quase o dobro. Cabral agradeceu à mulher, aos filhos, a diversos políticos e citou dois secretários: o da Casa Civil, Regis Fichtner, que sai junto com ele, e de Segurança, José Mariano Beltrame, responsável pela política de pacificação.

Cabral recolheu as coisas no gabinete na tarde de quinta-feira para deixar tudo livre para Pezão assumir e começar a trabalhar na montagem de sua nova secretaria. Dos 27 secretários, Pezão vai ter que trocar 11. Três já tinha sido sbstituídos anteriormente. Antes de sair, Cabral citou o ex-primeiro ministro britânico Winston Churchill. "O pessimista vê dificuldades em cada oportunidade; o otimista vê oportunidades em cada dificuldade."

Trânsito foi afetado

Durante a posse de Pezão no Palácio da Guanabara, o trânsito em Laranjeiras ficou caótico em vias como a rua Pinheiro Machado, o viaduto 31 de Março e a rua das Laranjeiras. O túnel Santa Barbára continua com tráfego ruim, principalmente no sentido Botafogo.

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Fonte: Terra
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