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Política

"Bolsonaro confunde sinais sanitários e da democracia"

"Temos visto alguns exageros, com uma briga desnecessária entre o presidente da Câmara (Rodrigo Maia) e o ministro da Economia Paulo Guedes"

23 abr 2020 - 14h09
(atualizado às 14h20)
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O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) avaliou nesta quinta-feira, 23, que existe uma consciência entre os parlamentares de que a preocupação no momento não deve ser fiscal, mas, sim, com o combate aos impactos do novo coronavírus. "Mas não podemos esquecer que esses gastos - alguns até muito benevolentes - são uma conta que teremos que pagar um dia", completou.

Ele defendeu uma ajuda urgente da União aos Estados, destacando que muitos governos estaduais já estão em dificuldade para o enfrentamento da doença. "Mas temos visto alguns exageros, com uma briga desnecessária entre o presidente da Câmara (Rodrigo Maia) e o ministro da Economia (Paulo Guedes). Essa briga que também envolve governadores é absolutamente prejudicial ao clima que vivemos", acrescentou.

Jereissati criticou ainda o presidente Jair Bolsonaro. "O presidente confunde sinais sanitários e os sinais da democracia. Isso é extremamente desagradável", afirmou, citando a participação de Bolsonaro em protestos no último fim de semana em Brasília.

Para o senador, há um consenso no Senado sobre a gravidade da pandemia do novo coronavírus e sobre a obediência às diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde.

"O ambiente no Congresso é bastante positivo, com alguns senões aqui e acolá. Temos tido votações importantes apesar da crise, de maneira remota. Existe uma união muito grande de todas as tendências (políticas) contra o vírus, com votações praticamente unânimes, o que é raro no Senado", afirmou, em teleconferência organizada pelo Lide Ceará.

O relator da reforma da Previdência no Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE).
O relator da reforma da Previdência no Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE).
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil - 4/9/2019 / Estadão Conteúdo
Estadão
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