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Política

Advogado alvo do STF teria atacado Toffoli e Moro nas redes

Adriano Laurentino de Argolo teria publicado mensagens de ameaça contra o presidente da Suprema Corte e o ministro da Justiça

21 mar 2019 - 22h50
(atualizado em 22/3/2019 às 07h56)
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Alvo de busca e apreensão no inquérito que apura ataques e divulgação de notícias falsas contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Adriano Laurentino de Argolo é apontado como o responsável por ataques feitos em redes sociais contra autoridades, tendo como um dos alvos o presidente da Suprema Corte, ministro Dias Toffoli. Relator do inquérito no STF, o ministro Alexandre de Moraes autorizou medidas de busca e apreensão na investigação, que foram realizadas nesta quinta-feira, 21, em endereços em Alagoas, onde mora Argolo, e em São Paulo.

O advogado teria publicado em suas redes mensagens de ameaça contra o presidente do STF, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e até mesmo contra um dos irmãos do presidente do STF, que tem síndrome de Down. Moraes autorizou que a Polícia tenha acesso aos documentos e dados armazenados em arquivos eletrônicos apreendidos na busca feita pela PF.

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro
Foto: com Mateus Bonomi/Agif/Estadão Conteúdo e Ueslei Marcelino/Reuters / Terra

Ofensas e ameaças nas redes são um dos objetos do inquérito relatado por Moraes, aberto por determinação de Toffoli na semana passada. Para auxiliar nesta frente da investigação, Moraes designou um delegado da Polícia Civil de São Paulo, que é da Divisão de Inteligência do Dipol-SP. O outro delegado designado é da Polícia Federal, Alberto Ferreira Neto, chefe da Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Fazendários.

Outra frente do inquérito mira o vazamento de informações e documentos sigilosos, que tiveram o intuito de "atribuir ou insinuar a prática de atos ilícitos" por membros da Suprema Corte. No despacho em que explica o escopo da investigação, Moraes não cita o Fisco na decisão. No entanto, recentemente, a Corte se voltou contra vazamentos de análises da Receita Federal que citavam ministros dos tribunais superiores, como Gilmar Mendes.

A reportagem tentou contato com o advogado Adriano Argolo, mas não conseguiu localizá-lo até a publicação deste texto.

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