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Polícia

RS: após morte de colegas, taxistas fazem investigação paralela

1 abr 2013 - 17h40
(atualizado às 18h21)
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Taxista protesta contra a violência
Taxista protesta contra a violência
Foto: Daniel Favero / Terra

Apesar de o secretário de Segurança do Rio Grande do Sul, Airton Michels, e de o Chefe da Polícia Civil, Ranolfo Vieira, afirmarem que estão priorizando as investigações acerca da morte de três taxistas, ocorrida na madrugada de sábado, em Porto Alegre, os motoristas têm se mobilizado com manifestações contra violência, para ajudar as famílias das vítimas e até com uma espécie de investigação interna. 

Na tarde de domingo, circulava entre os taxistas a foto de um homem que teria apanhado dos motoristas após uma tentativa de roubo no ano passado. Eles exibiam fotos dele ensanguentado, dizendo que ele tinha uma cicatriz no rosto, e que no momento de sua prisão prometeu matar motoristas. "Ele é conhecido como Coiote, nós vamos colocar as fotos dele nos táxis", afirmavam os manifestantes.

No entanto, nesta segunda-feira, eles já tinham dúvida quanto ao envolvimento de Coiote. "A gente acabou não divulgando a foto dele porque parece que é uma outras pessoa, estamos vendo se a gente consegue descobrir quem é", disse o taxista Luciano Soares, que desde a madrugada de sábado tem participado das manifestações.

Quem pega um táxi na cidade ouve diversas teorias e informações variadas. Um desses boatos é de que as rádio-táxis da capital teriam recebido ameaças de novas mortes, no entanto, as empresas negam que tenham recebido tais ligações. Durante o enterro das vítimas, no domingo, motoristas se alarmavam com a notícia de que mais taxistas teriam sido mortos, o que se confirmou como mentira.

No final da tarde de ontem o delegado Ranolfo Vieira alertava sobre os boatos que circulavam, "por causa da situação nós temos que tomar cuidado com esses boatos", disse ao ser indagado sobre essas informações. 

Ainda de acordo com os taxistas, as autoridades têm omitido uma quarta vítima, que teria morrido em um hospital da cidade, o que também não teve confirmação alguma. Na quarta-feira, os taxistas devem se reunir com Michels para apresentar reivindicações e ouvir como andam as investigações. 

Até agora, a polícia confirmou que os três motoristas foram mortos pela mesma arma calibre 22, mas ainda não havia sido possível determinar se seria a mesma usada para matar outros três taxistas na cidade de Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai. As investigações, em Porto Alegre, trabalham com as hipóteses de homicídio e latrocínio, sendo que a segunda é mais forte, uma vez foi roubado dinheiro e o som de dois dos taxis. 

A polícia considera atípico o crime pela forma como foram executados com tiros na cabeça e por ter sido usada uma arma calibre 22, algo incomum. A polícia já fez um roteiro dos assassinatos e busca imagens de câmeras de segurança de empresas próximas ao local das mortes. 

Fonte: Terra
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