Justiça anula júri que absolveu viúva da Mega-Sena
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aceitou, nesta quinta-feira, a apelação feita Ministério Público solicitando a anulação do júri que absolveu a cabelereira Adriana Ferreira Almeida, que havia sido presa em 2007 acusada de participar da morte do milionário Renné Senna. O colegiado aceitou o recurso em unanimidade.
Acusada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) pela morte de Renné Sena, a viúva Adriana foi inocentada em 2011 pelo júri de Rio Bonito, cidade onde vivia com a vítima. O Ministério Público, porém, discordou da decisão e recorreu pedindo a anulação do julgamento.
No ano passado, Adriana tentou estabelecer na Justiça um acordo com a filha única de Renné, Renata Sena. Ela propôs a extinção das ações de ambas as partes e a divisão igual em duas partes da fortuna deixada pela vítima, hoje avaliada em mais de R$ 100 milhões. O advogado de Renata, Marcus Rangoni, sempre tentou levar o julgamento para a capital do Estado.
De acordo com Rangoni, as ações na esfera cível e criminal têm como objetivo punir de todas as formas Adriana, deixando-a sem o dinheiro a que teria direito pelo testamento da vítima, e fazendo-a pagar criminalmente pela morte de Renné.
Além dos processos movidos por Renata contra Adriana, a viúva também contestou na Justiça o direito da filha de Renné receber a quantia. Desde 2008, a ex-cabelereira move uma ação em que questiona se de fato a vítima é o pai de Renata, o que poderia tirá-la o direito à herança.