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Polícia

Conselho de odontologia cobra governo de SP após crimes em consultórios

28 mai 2013 - 13h59
(atualizado às 14h03)
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Policiais foram até o local do crime na manhã desta terça-feira
Policiais foram até o local do crime na manhã desta terça-feira
Foto: Lucas Laz / Futura Press

O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (Crosp) publicou nesta terça-feira uma nota de repúdio ao crime cometido contra o dentista Alexandre Peçanha Gaddy, em São José dos Campos, na noite desta segunda-feira.  Por volta das 21h de ontem, dois criminosos invadiram o consultório de Peçanha e exigiram dinheiro. Como não conseguiu o que queria, a dupla ateou fogo no dentista, que teve cerca de 60% do corpo queimado.

Na nota, o conselho lembra que este é o segundo caso grave envolvendo dentistas em pouco mais de um mês e cobra resposta do governo. “Essa tragédia reforça a necessidade de um profundo debate sobre a questão da segurança no Estado de São Paulo e no Brasil. É, aliás, um retrato da falta de segurança que ronda o dia a dia dos profissionais de odontologia e dos cidadãos de São Paulo.”

O Crosp já havia solicitado uma audiência com o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, após a morte da dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, que foi queimada viva em seu trabalho no dia 25 de abril, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. A reunião, segundo o conselho, está marcada para o dia 7 de junho, mas, diante do novo caso, representantes dos dentistas pedem uma antecipação na audiência.

“Foi enviado na manhã de hoje, 28 de maio, um ofício à secretaria, solicitando que o encontro ocorra em caráter de urgência. Crimes como esses, lamentavelmente, demonstram que estamos muito distantes de garantir segurança para os cirurgiões-dentistas e a população. As autoridades devem agir com presteza, criando um cinturão de segurança para os profissionais de odontologia, antes que o modus operandi vira prática comum aos criminosos”, disse a nota.

Por causa dos recentes casos de violência, o conselho criou o canal “Vamos nos Proteger”. Por meio dele, dentistas de todo o Estado podem comunicar, via e-mail, ocorrências em consultórios, clínicas, laboratórios de próteses e até lojas de produtos odontológicos. “Dada a situação de emergência, é fundamental que os cirurgiões-dentistas o acionem a qualquer eventual ameaça. O objetivo não é substituir ou eliminar o trabalho policial, mas sim de orientar e esclarecer a classe odontológica sobre como proceder em situações de risco.”

Após o crime, o dentista Alexandre Peçanha Gaddy foi encaminhado para o Hospital Municipal de São José dos Campos, onde passou a noite. No início da tarde desta terça-feira, ele foi transferido para a unidade de queimados da Santa Casa, a única da cidade. Segundo a Secretaria de Saúde do município, Alexandre sofreu queimaduras em 60% do corpo.

Policiais da 5º DP de São José foram para as ruas na manhã de hoje para tentar encontrar os autores do crime. Câmeras de segurança da rua da clínica poderão ajudar na elucidação do caso. 

Fonte: Terra
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