PUBLICIDADE

Caso Bruno

Ex de Bruno nega crimes e detalha convivência com Eliza e o filho

Dayanne Rodrigues, ré do processo, foi interrogada nesta terça-feira

5 mar 2013 - 23h02
(atualizado às 23h03)
Compartilhar
Exibir comentários
<p>A ex-mulher do goleiro contou que encontrou com Eliza no sítio e conversou com a modelo</p>
A ex-mulher do goleiro contou que encontrou com Eliza no sítio e conversou com a modelo
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação

Foi finalizado por volta das 22h30 o segundo dia do julgamento do goleiro Bruno Fernandes que acontece desde segunda-feira no Fórum de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG). O dia foi marcado pelos depoimentos da irmã de Sérgio Rosa Sales e prima do atleta, Célia Aparecida Rosa Sales, e da ré Dayanne Rodrigues.

Caso Bruno: onde estão os personagens do crime? 

Veja mais de 30 crimes que abalaram o País

Veja jogadores que estiveram nas páginas policiais

Veja frases marcantes do caso Bruno

Veja as Mulheres do caso Bruno

Como funciona o Tribunal do Júri

Célia, parente próxima de Bruno, foi ouvida na primeira parte do dia. A mulher falou por três horas e tentou tirar o goleiro da cena do crime. Ela afirmou que o relacionamento de Dayanne e do goleiro com Eliza era bom e que não viu, em nenhum momento, algum ferimento na ex-modelo. Porém, a testemunha arrolada pela defesa não foi uma boa estratégia, segundo o assistente da acusação José Arteiro, pois, para ele, "a mulher entregou todos".

Após este depoimento, a magistrada determinou uma pausa de uma hora para almoço. No retorno, foi exibido por mais de duas horas conteúdo audiovisual, com reportagens e entrevistas de pessoas envolvidas no caso.

Às 18h37, iniciou-se o momento mais importante do dia. Dayanne sentou no banco dos réus e deu sua versão detalhada dos acontecimentos. Dentre as várias informações passadas, a ex-mulher do goleiro contou que encontrou com Eliza no sítio e conversou com a modelo. Ela negou os crimes pelos quais é acusada – sequestro e cárcere privado de Bruno Samudio, filho de Eliza e Bruno – e disse que o atleta pediu para ela e as filhas saírem do sítio para a proteção da família.

A sessão será retomada às 13h de quarta-feira. O dia é considerado o mais importante do julgamento, já que Bruno falará no tribunal.  

O caso Bruno

Eliza Samudio desapareceu no dia 4 de junho de 2010 após ter saído do Rio de Janeiro para ir a Minas Gerais a convite de Bruno. Vinte dias depois a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. O filho de Eliza, então com quatro meses, teria sido levado pela mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues. O menino foi achado posteriormente na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves.

Conheça as acusações e penas máximas possíveis contra os réus

Réu Acusações Pena máxima
Bruno Homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado de Eliza Samudio 41 anos
Dayanne Sequestro e cárcere privado do filho de Eliza Samudio 5 anos
 

Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza, um motorista de ônibus denunciou o primo do goleiro como participante do crime. Apreendido, jovem de 17 anos relatou à polícia que a ex-amante de Bruno foi mantida em cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães. 

No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Pouco depois, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha Elenilson Vitor da Silva e Sérgio Rosa Sales, outro primo de Bruno, também foram presos por envolvimento no crime. 

No dia 30 de julho, a Polícia de Minas Gerais indiciou todos pelo sequestro e morte de Eliza, sendo que Bruno foi apontado como mandante e executor do crime. No início de dezembro, Bruno e Macarrão foram condenados pelo sequestro e agressão a Eliza, em outubro de 2009, pela Justiça do Rio. O goleiro pegou quatro anos e seis meses de prisão. 

Em 17 de dezembro, a Justiça mineira decidiu que Bruno, Macarrão, Sérgio Rosa Sales e Bola seriam levados a júri popular por homicídio triplamente qualificado, sendo que o último responderá também por ocultação de cadáver. Dayanne, Fernanda, Elenilson e Wemerson responderiam por sequestro e cárcere privado. 

No dia 19 de novembro de 2012, foi dado início ao julgamento de Bruno, Bola, Macarrão, Dayanne e Fernanda. Dois dias depois, após mudanças na defesa do goleiro, o tribunal decidiu desmembrar o processo.  O júri condenou Macarrão, a 15 anos de prisão, e Fernanda Gomes de Castro, a cinco anos. O julgamento de Bruno e de Dayane Rodrigues do Carmo, ex-mulher do goleiro e acusada de ser cúmplice no crime, foi remarcado para 4 de março de 2013. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que é acusado como autor do homicídio, teve o júri marcado para abril de 2013. 

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade