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Caso Bruno

Defesa nega confissão e diz que Bruno fará depoimento longo e esclarecedor

6 mar 2013 - 13h58
(atualizado às 14h04)
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<p>Bruno deve prestar depoimento nesta quarta-feira</p>
Bruno deve prestar depoimento nesta quarta-feira
Foto: Renata Caldeira / TJMG / Divulgação

A defesa do goleiro Bruno Fernandes promete um depoimento exaustivo e esclarecedor do ex-jogador do Flamengo na tarde desta quarta-feira. Bruno será interrogado como réu no julgamento em que é acusado de mandar assassinar sua ex-amante Eliza Samudio. De acordo com um dos seus advogados de defesa, Tiago Lenoir, Bruno vai contribuir para que a verdade apareça.

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"Ele vai ter a oportunidade de fazer um depoimento exaustivo, e pretende deixar tudo bem claro, e provar sua inocência", afirmou, ao chegar ao fórum de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, onde acontece o julgamento.

Lenoir disse confiar plenamente na absolvição de seu cliente, e negou a possibilidade de que ele confesse o crime. "O Bruno não vai confessar um crime que não cometeu", frisou.

Apesar de prometer um depoimento esclarecedor, Lenoir deixou no ar a possibilidade de que o goleiro não responda às perguntas feitas pela promotoria. Escondendo sua tática, o advogado observou que isso ainda vai ser avaliado pouco antes do início do depoimento.

"Não será o Bruno capitão do Flamengo, jogador com alto salário, que estará ali sendo julgado. Será o Bruno cidadão, um ser humano que pretende se mostrar como realmente é", comentou.

O caso Bruno

Eliza Samudio desapareceu no dia 4 de junho de 2010 após ter saído do Rio de Janeiro para ir a Minas Gerais a convite de Bruno. Vinte dias depois a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. O filho de Eliza, então com quatro meses, teria sido levado pela mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues. O menino foi achado posteriormente na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves.

Conheça as acusações e penas máximas possíveis contra os réus

Réu Acusações Pena máxima
Bruno Homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado de Eliza Samudio 41 anos
Dayanne Sequestro e cárcere privado do filho de Eliza Samudio 5 anos
 

Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza, um motorista de ônibus denunciou o primo do goleiro como participante do crime. Apreendido, jovem de 17 anos relatou à polícia que a ex-amante de Bruno foi mantida em cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães. 

"Macarrão deixou tudo no colo do Bruno", diz delegado:

No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Pouco depois, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha Elenilson Vitor da Silva e Sérgio Rosa Sales, outro primo de Bruno, também foram presos por envolvimento no crime. 

No dia 30 de julho, a Polícia de Minas Gerais indiciou todos pelo sequestro e morte de Eliza, sendo que Bruno foi apontado como mandante e executor do crime. No início de dezembro, Bruno e Macarrão foram condenados pelo sequestro e agressão a Eliza, em outubro de 2009, pela Justiça do Rio. O goleiro pegou quatro anos e seis meses de prisão. 

Em 17 de dezembro, a Justiça mineira decidiu que Bruno, Macarrão, Sérgio Rosa Sales e Bola seriam levados a júri popular por homicídio triplamente qualificado, sendo que o último responderá também por ocultação de cadáver. Dayanne, Fernanda, Elenilson e Wemerson responderiam por sequestro e cárcere privado. 

No dia 19 de novembro de 2012, foi dado início ao julgamento de Bruno, Bola, Macarrão, Dayanne e Fernanda. Dois dias depois, após mudanças na defesa do goleiro, o tribunal decidiu desmembrar o processo.  O júri condenou Macarrão, a 15 anos de prisão, e Fernanda Gomes de Castro, a cinco anos. O julgamento de Bruno e de Dayane Rodrigues do Carmo, ex-mulher do goleiro e acusada de ser cúmplice no crime, foi remarcado para 4 de março de 2013. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que é acusado como autor do homicídio, teve o júri marcado para abril de 2013. 

Fonte: Terra
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