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PF prende 51 pessoas que compartilhavam vídeos de pedofilia

15 out 2014 - 16h35
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(Atualiza número de detidos e detalhes).

São Paulo, 15 out (EFE). - A Polícia Federal (PF) já prendeu 51 pessoas acusadas de participar de uma grande rede de divulgação e armazenamento de imagens de pedofilia, em uma grande operação que inclui investigações em outros países, como Portugal, Itália, Colômbia, México, Venezuela.

A PF identificou 106 suspeitos, a maioria no Brasil. Entre os detidos brasileiros há um seminarista, um agente penitenciário e um funcionário que trabalha em instituições de segurança pública.

Em entrevista coletiva em Porto Alegre (RS), a delegada da Polícia Federal Diana Calazans afirmou que, ao longo da investigação, as autoridades identificaram pessoas "dos mais variados perfis, de diferentes classes sociais e profissões".

"Não existe um perfil do criminoso. Como é um crime muito oculto qualquer pessoa pode ser o realizador", explicou.

Um porta-voz da PF informou à Agência Efe os suspeitos usavam um programa na internet conhecido como "Deep Web", um ambiente na rede considerado um meio seguro onde são trocados vídeos de pedofilia.

Mais de 500 policiais federais participaram da Operação "Darknet" executada estados do Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.

A Operação "Darknet" de busca e apreensão tinha como objetivo buscar DVDs, pendrives e outros equipamentos dos suspeitos.

"A polícia brasileira conseguiu entrar no programa de alta segurança 'deep web' em algo que apenas o FBI e a polícia britânica conseguiram fazer", disse o porta-voz do escritório de imprensa da PF.

O programa, que evita a identificação do ponto de acesso (IP) do usuário, foi usado, de acordo com o porta-voz, pelo ex-funcionário da CIA Edward Snowden para revelar a documentação da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos.

A investigação começou há um ano. Conforme informou o órgão, a operação permitiu o resgate de seis crianças situações de abuso ou de iminente estupro em diversos lugares do Brasil.

De acordo com um comunicado da Polícia Federal do Rio Grande do Sul, estudos indicam que entre os homens detidos por posse e distribuição de conteúdos de pornografia infanto-juvenil, 85% admite que teve contato sexual com menores.

EFE   
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