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Para Salles, países precisam "pôr a mão no bolso" para ajudar Brasil com Amazônia e não só criticar

3 dez 2020 - 20h18
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O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou nesta quinta-feira esperar que países que criticam a atuação do Brasil no combate ao desmatamento ilegal na Amazônia coloquem "a mão no bolso".

Vista aéra de área desmatada da Amazônia perto de Porto Velho
21/08/2019
REUTERS/Ueslei Marcelino
Vista aéra de área desmatada da Amazônia perto de Porto Velho 21/08/2019 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

Segundo o ministro, o desmatamento neste ano está no mesmo patamar de 2008, abaixo do registro nos anos de 2004 e 2005, anos que, destacou, houve recordes.

"Isso não quer dizer que nós estejamos contentes com isso, mas tem que trazer prosperidade para a região e muitos dos que nos criticam podem pôr a mão no bolso e colocar recursos para ajudar", disse Salles na live semanal do presidente Jair Bolsonaro.

"Dar palpite de graça é fácil, agora colocar dinheiro em cima, em valores compatíveis com a magnitude do problema é outra história", acrescentou.

Destacado pelo presidente para ser o representante do governo na Conferência do Clima no próximo ano, a COP-26, o ministro disse ter a certeza que vai conseguir fazer um "grande trabalho" no evento, inclusive com recursos para ajudar no meio ambiente.

Apesar de uma série de medidas adotadas de afrouxamento na fiscalização, Salles disse que o governo tem buscado ter "tolerância zero" contra o crime na Amazônia. Destacou, entretanto, que é preciso colocar as pessoas da região --que estariam vivendo, de maneira geral, na pobreza-- em primeiro lugar.

No início da transmissão, Bolsonaro disse que há países que criticam o Brasil e ele ressaltou que quer cooperação porque o país é o que mais preserva o meio ambiente. Em sua fala, Bolsonaro afirmou também que "aos poucos vai mudando tudo isso aí".

Dados do próprio governo, divulgados na semana passada, mostram que a Amazônia brasileira perdeu 11.088 quilômetros quadrados de área de floresta entre agosto de 2019 e julho de 2020, um aumento de 9,5% em relação aos 12 meses anteriores e o número mais alto dos últimos 12 anos.

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