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Padilha: falta de brasileiros mostra necessidade de médicos estrangeiros

3 set 2013 - 18h52
(atualizado às 18h58)
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Ministro evitou ligar faltas de profissionais a possível sabotagem ao programa Mais Médicos
Ministro evitou ligar faltas de profissionais a possível sabotagem ao programa Mais Médicos
Foto: Elza Fiuza / Agência Brasil

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse nesta terça-feira que a falta ao primeiro dia de trabalho dos brasileiros selecionados para o Programa Mais Médicos reforça a necessidade de trazer profissionais de outros países. No Distrito Federal, por exemplo, dos 15 médicos brasileiros escolhidos, apenas nove se apresentaram na segunda-feira, para iniciar suas atividades. Em Porto Alegre (RS), oito dos 13 profissionais brasileiros selecionados foram trabalhar.

Segundo o ministro, isso revela o drama que municípios e Estados têm cotidianamente quando fazem processos de seleção de médicos. "E só reforça o diagnóstico de que o Brasil tem um número insuficiente de profissionais médicos diante de um mercado muito aquecido. Isso é mais grave ainda para as unidades básicas (de saúde)", disse Padilha.

"O que aconteceu na chegada dos médicos brasileiros, ontem, só reforça a importância de termos estratégias as mais variadas para trazer mais médicos de outros países", afirmou o ministro.

Perguntado se a desistência de médicos indica a possibilidade de sabotagem ao programa federal, Padilha respondeu que tal atitude seria uma perversidade. "Se for, é uma perversidade quase inimaginável. Todos os filtros foram feitos para que participasse (do Mais Médicos) apenas quem realmente tivesse interesse."

O ministro informou que os médicos brasileiros têm até o dia 12 deste mês para se apresentar e começar o atendimento. Os que não iniciarem o trabalho até lá serão excluídos do programa. As secretarias municipais que comunicarem desistência de médicos selecionados até esta quarta-feira poderão ofertar a vaga ainda neste mês, o segundo para seleção de profissionais para o Mais Médicos. Segundo ele, ao longo do dia de hoje, a Ouvidoria Ativa do Ministério da Saúde entrará em contato com as secretarias municipais e os médicos para confirmar as desistências.

"Se todos os profissionais selecionados pelo Mais Médicos comparecerem até o dia 12 de setembro, 4 milhões de brasileiros que não tinham médicos passarão a ser atendidos", enfatizou Padilha, que falou também sobre o caso de um médico suspeito de ter mutilado e causado lesões corporais em pelo menos 18 mulheres em Manaus, que foi selecionado para atuar em Águas Lindas de Goiás. Segundo Padilha, a prefeitura do município foi notificada e o início das atividades do médico foi suspenso para que a situação seja esclarecida.

"Ele entrou no Mais Médicos porque o (registro no) CRM (Conselho Regional de Medicina) dele está ativo, apesar dessa suspeita. Já no dia de hoje, buscamos notificar o CRM para saber o procedimento que está sendo feito e ver como lidar com o caso desse profissional", esclareceu o ministro.

Padilha ainda disse que não será aceita qualquer tentativa de profissionais ou secretarias de Saúde de mudança na carga horária de trabalho de 40 horas semanais dos médicos participantes do programa. Em Alagoas, médicos foram excluídos do programa por proporem uma jornada menor que a fixada pelo Mais Médicos.

ENTENDA O 'MAIS MÉDICOS'
- Profissionais receberão bolsa de R$ 10 mil, mais ajuda de custo, e farão especialização em atenção básica durante os três anos do programa.
- As vagas serão oferecidas prioritariamente a médicos brasileiros, interessados em atuar nas regiões onde faltam profissionais.
- No caso do não preenchimento de todas as vagas, o Brasil aceitará candidaturas de estrangeiros. Eles não precisarão passar pela prova de revalidação do diploma
- O médico estrangeiro que vier ao Brasil deverá atuar na região indicada previamente pelo governo federal, seguindo a demanda dos municípios.
- Criação de 11,5 mil novas vagas de medicina em universidades federais e 12 mil de residência em todo o País, além da inclusão de um ciclo de dois anos na graduação em que os estudantes atuarão no Sistema Único de Saúde (SUS).
Agência Brasil Agência Brasil
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