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OMS pede transparência nos dados sobre pandemia no Brasil

Governo disse que confusão ocorreu por erro em RO e CE

8 jun 2020 - 14h08
(atualizado às 14h14)
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O diretor de emergências da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan, pediu nesta segunda-feira (8) "transparência" ao Brasil na divulgação dos dados sobre a pandemia do novo coronavírus (Sars-COV-2).

Funeral no cemitério Campo da Esperança em Brasília
Funeral no cemitério Campo da Esperança em Brasília
Foto: EPA / Ansa - Brasil

A entidade espera que o país encontre uma rápida solução para a "confusão" nas informações e fez um apelo para que o governo brasileiro continue a relatar "números importantes" - como os casos e as mortes diárias- de forma desagregada.

Além disso, Ryan, ressaltou que a clareza neste processo é "ainda mais importante" para toda a população. "É muito importante, ao mesmo tempo, que as mensagens sobre transparência e divulgação de informações sejam consistentes, e que nós possamos contar com os nossos parceiros no Brasil para fornecer essa informação para nós, mas, mais importante, aos seus cidadãos. Eles precisam saber o que está acontecendo".

De acordo com Ryan, os boletins sobre a pandemia no Brasil que são enviados à OMS estão entre os mais completos e atualizados em comparação com o restante do mundo.

O diretor da OMS ainda disse que o "Brasil é um país muito grande; tem uma população muito diversa; tem populações muito vulneráveis, particularmente em áreas ao redor de áreas urbanas, populações indígenas e outras. Portanto, o Brasil merece nosso apoio total, e nós continuaremos a apoiar o Brasil e sua população na luta contra a Covid".

A declaração foi dada no mesmo dia em que o Ministério da Saúde afirmou que a divergência nos números referentes às mortes e aos casos do novo coronavírus (Sars-CoV-2) ocorreu em decorrência de um erro nos óbitos registrados em Rondônia e nas infecções confirmadas no Ceará.

Em nota, a pasta "informa que corrigiu duplicações e atualizou os dados divulgados sobre casos e óbitos por Covid-19 no último domingo (7), às 20h37", citando, especialmente, os dois estados.

"Podem ser citadas a situação de Roraima, em que haviam sido publicados 762 óbitos e, após verificação do Ministério da Saúde, o número foi consolidado em 142. Outra situação corrigida foi em relação ao número de casos confirmados no Ceará, que passou de 62.303 para 64.271 após atualização", diz o texto.

Segundo o Ministério da Saúde, "o último boletim de 24h deve ser considerado 18.912 casos e 525 óbitos novos". Com isso, o total de contaminações no país é de 691.758 e de mortes é 36.455.

"O número de recuperados soma 283.952 pacientes e outros 371.351 estão em acompanhamento médico", acrescenta a nota. A confusão na divulgação dos dados ocorreu neste domingo (7).

O primeiro balanço foi divulgado com 1.382 vítimas nas últimas 24 horas, totalizando 37.312 óbitos. O segundo, no entanto, apontava 525 falecimentos, somando 36.455. A diferença entre os dois balanços referentes às mortes das últimas 24 horas era de 857 pessoas.

"O Ministério da Saúde reforça que vem aprimorando os meios para a divulgação da situação nacional de enfrentamento à Covid-19. Busca-se a elaboração e a disponibilização de dados epidemiológicos e estatísticos fidedignos, com base em números reais e transparentes e atualização periódica", concluiu o comunicado, anunciando que "uma nova plataforma interativa será lançada nesta semana".

Ansa - Brasil   
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