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Marina se coloca contra PT enviar representante para debate e diz que partido paga preço por escolha

7 ago 2018 - 21h34
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A candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, se posicionou contra a participação de um representante do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um debate televisivo marcado para quinta-feira e disse que o PT está respondendo por sua escolha de manter Lula candidato.

Marina Silva durante seminário em São Paulo
 7/8/2018    REUTERS/Paulo Whitaker
Marina Silva durante seminário em São Paulo 7/8/2018 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

"Nesse momento o debate é entre candidatos, não é um debate com os vices. Vai ter o momento do debate e sabatinas com os vices e nesse espaço todos os vices terão sua participação, senão você cria uma situação de dois pesos e duas medidas", afirmou a presidenciável a jornalistas após participar de evento em São Paulo nesta terça-feira.

"Houve uma decisão do PT de manter um candidato que está impedido por lei de ter essa participação. Essa decisão foi do PT, existe uma decisão judicial de que não é permitido a candidatura de quem está condenado em segunda instância e que não está em acordo com os pré-requisitos da Ficha Limpa", disse Marina.

"O PT bancou essa posição, então participar ou não é em função da decisão política que foi tomada pelo partido".

O PT, que anunciou a candidatura de Lula como presidente e Fernando Haddad como vice, entrou na Justiça para que o ex-presidente, que está preso desde abril, participe do debate da Rede Bandeirantes na quinta-feira.

O partido também tem cogitado que outras pessoas, como Haddad e Manuela D'Ávila, representem Lula, além de pedir que caso isso não seja permitido, que deixem uma cadeira vazia.

PT e PCdoB anunciaram uma aliança na qual a vaga de vice neste momento seria ocupada por Haddad, para representar Lula. A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, no entanto, garantiu que Manuela ocupará a posição de Haddad "tão logo se estabilize juridicamente a situação de Lula".

Lula está preso desde abril em Curitiba onde cumpre pena por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá. Como foi condenado pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), um órgão colegiado do Judiciário, ele deve ficar inelegível pela Lei da Ficha Limpa.

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