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Lava Jato: cunhada de tesoureiro do PT é citada no esquema

Marice Correa de Lima, cunhada de João Vaccari Neto, seria destinatária do dinheiro desviado na Petrobras

1 dez 2014 - 07h11
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A cunhada do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, aparece nas investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, como suposta destinatária do dinheiro desviada na Petrobras, de acordo com informações do programa Hora 1 da Notícia, da TV Globo. Documentos indicam uma negociação entre o doleiro Alberto Youssef e um funcionário da empreiteira OAS, em que o endereço de Marice Correa de Lima aparece como destino de uma entrega.

Sede da estatal Petrobras no centro do Rio de Janeiro, em abril. 11/04/2014
Sede da estatal Petrobras no centro do Rio de Janeiro, em abril. 11/04/2014
Foto: Ricardo Moraes / Reuters

A PF fez um organograma que explica a suposta movimentação do dinheiro de Youssef para a OAS. Segundo a polícia, o funcionário da empresa José Ricardo Breghirolli, preso na operação, orienta o doleiro a levar os valores a um endereço determinado, o da cunhada de Vaccari, e procurar por Marice às 14h30.

Os documentos também apontam entregas de dinheiro feitas por Alberto Youssef em diversas cidades do País.

Marice Correa de Lima foi levada para prestar depoimento na PF, em São Paulo, no dia 14 de novembro, data do início da sétima fase da Operação Lava Jato. Na ocasião, ela confirmou que mora no endereço citada na mensagem do funcionário da OAS para Youssef. Ela negou que tenha recebido qualquer coisa e disse que desconhece as pessoas citadas pelos investigadores, além de que teria pouco contato com o cunhado.

Marice foi coordenadora administrativa do PT em 2005, na época da CPI dos Correios, em que foi acusada de levar R$ 1 milhão para uma empresa do ex-vice-presidente José Alencar. O ex-tesoureiro do partido, Delúbio Soares, reconheceu que o dinheiro havia saído das contas de Marcos Valério, empresário envolvido no escândalo do Mensalão.

Vaccari Neto tem negado ter envolvimento com o esquema do doleiro e com as irregularidades na Petrobras.

Fonte: Terra
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