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Executivos da Mendes Júnior e UTC viram réus na Lava Jato

16 dez 2014 - 16h19
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O juiz federal Sérgio Moro aceitou nesta terça-feira denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal contra mais 11 pessoas envolvidas na Operação Lava Jato. Desta vez, a denúncia é referente aos contratos da empreiteira Mendes Júnior com a Petrobras. Outras cinco pessoas, que já viraram réus em outras ações (Alberto Youssef, Paulo Roberto Costa, Waldomiro Oliveira, Carlos Alberto Pereira da Costa e João Procópio de Almeida Prado), também estão na denúncia aceita hoje.

Nesta terça, tornaram-se réus o vice-presidente da Mendes Júnior, Sérgio Cunha Mendes, os diretores Ângelo Alves Mendes, Rogério Cunha de Oliveira, Alberto Elísio Vilaça Gomes e o funcionário da construtora José Humberto Cruvinel Resende. Foram aceitas, ainda, as denúncias contra Enivaldo Quadrado, ex-dono da corretora Bônus Banval, Antônio Carlos Fioravante Brasil Pieruccini, advogado que teria recebido propina de Alberto Youssef, Mario Lúcio de Oliveira, diretor de uma agência de viagens que atuava na empresa GFD, Ricardo Ribeiro Pessoa, presidente da construtora UTC, João de Teive e Argollo, diretor de Novos Negócios na UTC e Sandra Raphael Guimarães, funcionária da UTC.

Com mais essa denúncia aceita, chega a 30 o número de réus nas ações penais da Lava Jato. Sérgio Moro ainda não se manifestou sobre a denúncia envolvendo o núcleo da Camargo Côrrea no esquema, o que deve ocorrer nas próximas horas. 

Segundo a acusação, há irregularidades nos processos licitatórios vencidos pela Mendes Júnior, individualmente ou em consórcio com outras empresas, em obras contratadas pela Petrobras referentes à Refinaria de Paulínea (REPLAN), em São Paulo, à Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR), no Paraná, ao Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ), à Refinaria Gabriel Passos (REGAF), em Minas Gerais, ao Terminal Aquaviário de Barra do Riacho, em Aracruz (ES) e aos Terminais Aquaviários de Ilha Comprida e Ilha Redonda, na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro.

“Em decorrência do esquema criminoso, os dirigentes da Mendes Júnior teriam destinado pelo menos cerca de 1% sobre o valor dos contratos e aditivos à Diretoria de Abastecimento da Petrobras, destes valores sendo destinado parte exclusivamente a Paulo Roberto Costa”, diz trecho do despacho.

Em novembro, Sérgio Mendes confirmou à Polícia Federal o pagamento de propina ao doleiro Alberto Youssef. Conforme o advogado de Mendes, o executivo relatou aos delegados da PF que foi obrigado a pagar propina de R$ 8 milhões ao doleiro.

Segundo ele, Youssef exigiu o pagamento da quantia para que a Mendes Júnior recebesse os valores a que tinha direito em contratos de serviços licitamente prestados e para continuar participando das licitações da Petrobras. De acordo com a defesa, foram feitos quatro pagamentos seguidos, de julho a setembro de 2011.

Com informações da Agência Brasil

Fonte: Especial para Terra
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