PUBLICIDADE

É preciso ver se inspeção em Brumadinho não foi só no papel, diz Mourão

26 jan 2019 - 16h20
(atualizado às 17h28)
Compartilhar
Exibir comentários

O vice-presidente da República, general da reserva Hamilton Mourão, disse à Reuters neste sábado que o governo tem documentos que mostram que a barragem que se rompeu em Brumadinho, em Minas Gerais, passou por análises e vistorias, mas que é preciso saber se elas efetivamente foram realizadas.

Equipes de resgate na área atingida por rompimento de barragem em Brumadinho (MG)
26/01/2019
REUTERS/Washington Alves
Equipes de resgate na área atingida por rompimento de barragem em Brumadinho (MG) 26/01/2019 REUTERS/Washington Alves
Foto: Reuters

Mourão afirmou que uma checagem será feita para saber mais detalhes sobre os processos.

"Tenho um dado de que todas as inspeções previstas foram realizadas", disse ele à Reuters. "Cumpre verificar se ocorreram ou foi só papel", acrescentou.

Na véspera, o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, afirmou que a tragédia causou surpresa pelo fato de laudos técnicos recentes terem apontado baixo risco de acidente no local.

A barragem 1, que se rompeu, estava paralisada há três anos e estava sendo descomissionada, disse Schvartsman. A estimativa é que havia cerca de 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro.

O executivo afirmou que estava "tudo normal" na última leitura feita, em 10 de janeiro, e que ainda era cedo para dizer o motivo do colapso.

Em coletiva de imprensa neste sábado, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que o momento não é de questionar nenhum laudo.

"Informações que temos de órgãos reguladores e de fiscalização é que toda documentação em Brumadinho estava regular", disse.

A tragédia na região já deixou 9 mortos, cujos corpos foram retirados do local, informou o Corpo de Bombeiros, que ainda procura cerca de 300 desaparecidos.

O acidente ocorreu mais de três anos depois da barragem Fundão, da Samarco, joint venture da Vale e da BHP Billiton, ter se rompido em Mariana (MG), matando 19 pessoas e causando o pior desastre ambiental do Brasil.

(Edição de Marcela Ayres)

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade