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Diplomata que providenciou asilo para senador boliviano fala sobre decisão

26 ago 2013 - 06h24
(atualizado às 06h30)
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O senador boliviano Roger Pinto, em foto de 2008
O senador boliviano Roger Pinto, em foto de 2008
Foto: EFE

O diplomata brasileiro Eduardo Sabóia, responsável pela decisão de trazer o senador boliviano Roger Pinto, que chegou ao Brasil no sábado após 15 meses de asilo na sede diplomática brasileira em La Paz, revelou, em entrevista ao Fantástico, que a decisão foi tomada após toda as alternativas se esgotarem. Segundo Sabóia, "havia risco iminente à vida e a dignidade de uma pessoa". Para ele, havia uma violação constante de direitos humanos, já que "não havia uma verdadeira negociação em curso". Confinado na embaixada brasileira, o senador demonstrou o desenvolvimento de um quadro suicida, o que preocupou  o embaixador. "Eu estive em Brasília duas vezes dizendo: 'olha, a situação está ruim'. Inclusive eu pedi para sair de La Paz porque eu disse: 'eu não vou compactuar com essa situação que atenta à dignidade humana'".

Ainda segundo o diplomata, o Ministério das Relações Exteriores fez um pedido para que ele não falasse sobre o caso, mas ele resolveu desobedecer a ordem por causa de uma nota divulgada mais cedo. "Houve um pedido. Eu passei o dia inteiro no hotel, quieto. Só que o Itamaraty soltou uma nota mencionando o meu nome, então eu decidi também falar com a imprensa", falou. A assessoria de imprensa do Itamaraty informou que o ministério não iria comentar as declarações de Sabóia.

Bolívia e Brasil tentam evitar crise diplomática após fuga de senador:

Fonte: Terra
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