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Três pessoas são condenadas por matar jovem por engano na frente da família em Guaíba

Vítima foi executada com nove tiros enquanto carregava o filho no colo; crime foi motivado por disputa no tráfico de drogas

5 jul 2025 - 17h10
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Três acusados de envolvimento na execução de um jovem por engano foram condenados, na última quinta-feira (3), pelo Tribunal do Júri de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre. As penas, somadas, ultrapassam 77 anos de prisão. O crime ocorreu em março de 2020 e chocou pela brutalidade e pelo fato de ter sido cometido na frente de familiares da vítima.

Foto: Imagem Ilustrativa / Freepik / Porto Alegre 24 horas

Segundo o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), dois mandantes e um executor foram condenados por homicídio triplamente qualificado, com penas de 28 anos, 25 anos e oito meses, e 24 anos e sete meses de reclusão, todos com início em regime fechado. Um dos mandantes, uma mulher, e o executor também foram sentenciados por corrupção de menores, por envolverem adolescentes na ação criminosa.

De acordo com o promotor de Justiça Fernando Sgarbossa, responsável pela acusação, o crime aconteceu no dia 24 de março de 2020. A vítima, um jovem de 19 anos, caminhava por uma via pública em Guaíba levando o filho de um ano no colo, acompanhado por dois irmãos. Dois executores se aproximaram e dispararam nove vezes contra o rapaz, que morreu no local. O segundo executor, também envolvido no crime, está preso e deve ser julgado em data futura.

A investigação apontou que os criminosos confundiram o jovem com o irmão mais velho, que era o verdadeiro alvo da execução. O irmão teria se recusado a integrar o esquema de tráfico de drogas comandado por um dos mandantes. A vítima, no entanto, não tinha qualquer envolvimento com atividades ilícitas — fator que contribuiu para o agravamento das penas.

Ainda segundo o Ministério Público, dois adolescentes foram usados para identificar o alvo e acabaram indicando a pessoa errada, o que motivou a condenação por corrupção de menores.

O homicídio foi qualificado por três circunstâncias: motivo torpe (relacionado a disputas do tráfico), uso de recurso que dificultou a defesa da vítima (superioridade numérica) e emprego de surpresa, já que o jovem foi atacado enquanto carregava o filho, desarmado e sem possibilidade de reação.

O filho da vítima e os irmãos que o acompanhavam não ficaram feridos. O caso continua em andamento com o julgamento pendente de um quarto envolvido.

Porto Alegre 24 horas
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