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Suspeito de sumir com aluna trans da Unesp tinha PM da reserva como sugar daddy, diz delegado

Segundo a polícia, ex-policial era amante do namorado de Carmen de Oliveira Alves e apontado como cúmplice do crime. Os dois estão presos e alegam inocência

15 jul 2025 - 11h36
(atualizado às 13h41)
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De acordo com Miguel Rocha, delegado responsável pela investigação do desaparecimento da aluna trans da Unesp, o namorado dela, Marcos Yuri Amorim, mantinha um triângulo amoroso com a jovem e o policial militar da reserva, Roberto Carlos de Oliveira, suspeito de ser cúmplice do crime. No caso com o PM, haveria um interesse financeiro.

"A investigação toda aponta neste sentido. O Yuri é extremamente frio e manipulador. Ele e Carmen se conhecem há 15 anos, estudaram juntos na Unesp e o Yuri se aproveitava da Carmen, ele foi sendo arrastado pela Carmen nos estudos", diz.

O delegado descreve a relação de Yuri com o policial com uma relação típica de sugar daddy, quando o mais velho, melhor dotado financeiramente, banca o mais novo.

"A relação de sugar daddy encaixa como uma luva. O Roberto tem poder econômico e o Yuri não tem. Ele trabalhava como entregador de yakisoba em um bairro aqui e fazia bicos. O Roberto se aposentou como segundo tenente, oficial da PM, com uma boa aposentadoria, e recentemente recebeu uma herança."

Eles estão presos temporariamente e a reportagem não conseguiu localizar as defesas. A polícia acredita que Amorim tenha matado a jovem por conta do tempo que ela está desaparecida.

Segundo os investigadores, Carmen fez um dossiê contra o namorado, Marcos Yuri Amorim. O documento foi apagado no dia em que ela desapareceu em Ilha Solteira. A suspeita é de que o dossiê tenha relação com o desaparecimento de Carmen.

A polícia conseguiu acessar o notebook de Carmen e encontrou o documento que teria sido feito por ela, com uma lista de supostos crimes de Amorim. Ainda de acordo com a investigação, tais informações seriam usadas caso ele não quisesse assumir o relacionamento.

"A gente conseguiu apurar nas conversas com testemunhas, entre a vítima e as testemunhas, que havia uma pressão dela em relação ao Yuri para assumir o relacionamento deles, e ele não aceitava assumir. Naquele dia 12, era Dia dos Namorados, então acho que houve uma pressão grande e ele acabou fazendo o que fez", afirmou o delegado da Polícia Civil Miguel Rocha a uma afiliada da TV Globo local.

A jovem foi vista pela última vez após sair do campus de Ilha Solteira da Unesp, onde estuda Zootecnia. De acordo com informações de colegas, Carmen fez uma prova e deixou a universidade em sua bicicleta elétrica.

Imagens de câmeras de segurança obtidas pela polícia mostram Carmen saindo da faculdade logo após as 10 horas e seguindo em direção à casa do rapaz.

O que diz a Unesp?

A Unesp diz que "a prisão temporária de dois suspeitos e a hipótese de feminicídio reforçam a gravidade da situação e mantêm toda a comunidade universitária na expectativa de que os fatos sejam plenamente esclarecidos".

A universidade prestou solidariedade à família e aos amigos da estudante. "Estendemos nosso apoio à comunidade da unidade da Unesp, profundamente abalada por este momento de angústia e incerteza guiado pela investigação de feminicídio em curso, principal hipótese apurada pela polícia", segue o texto. "Seguimos acompanhando o caso com muita apreensão".

Como denunciar

A jovem tem aproximadamente 1,70 m de altura, cabelo preto cacheado, pele negra e olhos castanhos. Informações sobre Carmen que possam ajudar nas investigações podem ser enviadas para o e-mail imprensa@unesp.br ou para a polícia.

Estadão
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