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Sobrinha sabia que 'Tio Paulo' já estava morto, diz delegado

Érika Souza está presa desde o último dia 16 de abril e passou a ser investigada pelo crime de homicídio culposo

1 mai 2024 - 09h15
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Érika Souza está presa desde o dia 16 de abril
Érika Souza está presa desde o dia 16 de abril
Foto: Reprodução/TV Globo

O delegado que investiga o caso que ficou conhecido como "cadáver no banco" afirmou que não tem dúvidas que Érika Souza, sobrinha de Paulo Roberto Braga, 68 anos, sabia que o tio já estava morto quando o levou até uma agência bancária no Rio de Janeiro para pegar um empréstimo no começo do mês passado. 

"Não há dúvidas que Érika sabia da morte de Paulo, mas, como era a última chance de retirar o dinheiro do empréstimo, entrou com o cadáver no banco, simulou por vários minutos que ele estava vivo, chegando a fingir dar água, pegou a caneta e segurou com sua mão junto a mão do cadáver de Paulo, contudo, como os funcionários do banco não dispersaram a atenção, não pôde fazer a assinatura", diz o delegado Fabio Luiz Souza no documento, que foi obtido pela TV Globo.

Érika Souza também passou agora a ser investigada também pelo crime de homicídio culposo, a pedido do delegado da 34ª DP (Bangu). Érika está presa desde o último dia 16 de abril, quando foi flagrada acompanhada do tio já morto.

No despacho em que inclui a investigação do homicídio culposo, o delegado acredita que houve "gritante omissão de socorro" por parte de Érika: "Considerando que no dia 16/4/2024, certamente percebendo que Paulo estava em situação gritante de perigo de vida, o que pode ser vislumbrado pelas declarações de todas as testemunhas que tiveram contato com a vítima, ao invés de ir novamente ao hospital, ela se dirigiu ao shopping, configurando uma gritante omissão de socorro, determino; proceda-se a novo registro de ocorrência para apurar o delito de homicídio culposo."

Morto em banco: juíza diz que caso é 'vexatório e cruel'; polícia pede quebra de sigilo bancário:

Ao Terra, a advogada Ana Carla de Souza Corrêa, que defende Érika, enviou uma nota em que diz ter tomado conhecimento pelos autos da nova tipificação penal incluída pelo delegado no processo. A defesa reafirma que a mulher não atuava profissionalmente como cuidadora de Paulo Roberto.

"As testemunhas que relatam em sede policial dizem do cuidado que ela tinha pelo Sr. Paulo ao acompanhá-lo, não que a mesma era cuidadora. E tais testemunhas são pessoas completamente afastadas do vínculo familiar, sendo pessoas estranhas à relação familiar. Portanto, a defesa, em momento oportuno, estará contestando e refutando tal capitulação", diz a defesa.

Érika já é investigada por vilipêndio de cadáver e tentativa de furto mediante fraude. Em recente entrevista à TV Globo, familiares da mulher disseram que ela tem laudos psiquiátricos, que pediam a sua internação por "alucinações auditivas" e "dependência de medicamentos".

Fonte: Redação Terra
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