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Santa Catarina pode ter protestos em Florianópolis e Criciúma hoje

25 jun 2013 - 14h26
(atualizado às 14h28)
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Em Santa Catarina, ao menos três novas manifestações populares estão previstas para ocorrer nesta terça-feira à tarde. Duas delas em Florianópolis e uma em Criciúma estão sendo convocadas pelas redes sociais. No último dia 20, segundo a Polícia Militar, as manifestações em 12 cidades catarinenses, incluindo Florianópolis, reuniram 91,6 mil pessoas.

Protestos por mudanças sociais levam milhares às ruas

Manifestações tomam as ruas do País; veja fotos

Na capital catarinente, o primeiro dos dois atos agendados para esta tarde foi organizado pelo Movimento Passe Livre, com o apoio da Frente de Luta pelo Transporte. A expectativa dos organizadores é reunir ao menos cinco mil pessoas durante o ato marcado para começar às 16h, em frente à Catedral Metropolitana, no centro da cidade.

Na página do movimento em uma rede social, 6,5 mil pessoas manifestaram a intenção de comparecer ao protesto, a fim de reivindicar a imediata redução do preço das passagens de ônibus e a criação de um grupo de trabalho responsável por discutir a implementação em médio prazo da tarifa gratuita.

O outro ato, também organizado por meio das redes sociais, está marcado para as 18h. Os participantes se reunirão em frente ao Terminal de Integração do Centro (Ticen), próximo ao Mercado Municipal de Florianópolis. Sem uma reivindicação única, o ato deverá reunir manifestantes contrários à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 37, que limita o poder de investigação do Ministério Público; aos gastos públicos nos grandes eventos esportivos e à corrupção, entre outras bandeiras.

Uma terceira manifestação deverá ocorrer em Criciúma, às 18h. Segundo a coronel Claudete Lehmkuhl, chefe do Centro de Comunicação Social da Polícia Militar, todo o efetivo policial continua de prontidão. De acordo com a oficial, a movimentação em Florianópolis será monitorada a partir das 14h por meio da sala de situação.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Agência Brasil Agência Brasil
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