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Cidades

RS: protesto com 2 mil bloqueia ponte que liga Brasil e Argentina

22 jun 2013 - 15h58
(atualizado às 16h11)
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Cerca de duas mil pessoas fizeram um protesto neste sábado, em Uruguaiana (RS), a 630 quilômetros de Porto Alegre, na fronteira do Brasil com a Argentina. O grupo bloqueia a Ponte Internacional Uruguaiana-Paso de los Libres, que liga os dois países, desde o começo desta tarde.

Protesto contra aumento das passagens toma as ruas do País; veja fotos

Segundo a Brigada Militar (Polícia Militar local), os manifestantes reclamam de questões como o aumento do preço do serviço de fornecimento de água na cidade, o mau estado das ruas, além de problemas nos serviços de saúde e segurança pública. O protesto começou na praça Barão do Rio Branco, no centro da cidade.

O grupo saiu da praça em marcha e foi até a ponte, bloqueando a via nos dois sentidos. Os manifestantes ainda foram até a frente da prefeitura de Uruguaiana, onde dois homens foram presos - um acusado de pichar o prédio público e outro por porte ilegal de arma.

O protesto também passou em frente à rodoviária da cidade e à sede da empresa Foz do Brasil, responsável pelo serviço de distribuição de água em Uruguaiana. Segundo a Brigada Militar, os manifestantes haviam exigido a presença da imprensa local para liberar a ponte.

Agentes de Uruguaiana e de outras três cidades - São Borja, Santa Maria e Santana do Livramento - acompanham o protesto.

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Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

O grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

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Fonte: Terra
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