O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT), confirmou nesta segunda-feira, em entrevista ao programa Jornal do Almoço, da RBS TV, que o Executivo municipal vai acionar a seguradora que cobre o Mercado Público após incêndio que atingiu o prédio no último sábado. Oito restaurantes foram totalmente destruídos e 10% da estrutura do edifício foi comprometida, segundo análise do Instituto-Geral de Perícias (IGP) do Estado. Fortunati também garantiu que vai ajudar os comerciantes afetados, "tratando os desiguais com medidas desiguais".
Os detalhes da cobertura oferecida e valores da apólice de seguro do prédio ainda não foram informados. Representantes das secretarias da Indústria e Comércio (Smic) e de Obras (Smov) pretendem agilizar os processos de recuperação e retomada das atividades das 110 bancas, já que a maioria não possui seguro próprio. Segundo o vice-prefeito, Sebastião Mello (PMDB), o município vai arcar com despesas provisórias para que permissionários não percam ainda mais mercadorias.
Caso a perícia indique interdição de curto prazo ou parcial, a prefeitura afirmou que vai alugar geradores para garantir o trabalho dos açougues e peixarias. Se as atividades ficarem suspensas por mais tempo, o Executivo pode oferecer outro local para funcionamento das bancas, como o Cais do Porto.
Na tarde desta segunda-feira, o governo gaúcho define os valores e formas de acesso dos permissionários às linhas de créditos que serão liberadas. Os recursos de financiamento serão assegurados pela Secretaria da Economia Solidária de Apoio a Micro e Pequena Empresa.
Imagem mostra o segundo andar do Mercado Público de Porto Alegre (RS) neste domingo, um dia após um incêndio de grandes proporções atingir o prédio histórico
Foto: Luís Felipe dos Santos / Terra
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Foto: Luís Eduardo Gomes / Terra
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Foto: Luís Eduardo Gomes / Terra
Peritos estiveram no Mercado Público de Porto Alegre na manhã de domingo avaliando evidências sobre incêndio
Foto: Itamar Aguiar / Futura Press
Preocupação inicial da perícia será com as atuais condições do prédio, visando uma reabertura parcial do Mercado Público
Foto: Itamar Aguiar / Futura Press
Segundo prefeito, subestação do quadrante norte foi menos afetada do que o esperado e é possível que energia elétrica seja reestabelecida ainda no domingo
Foto: Itamar Aguiar / Futura Press
Além da perícia da Polícia Civil, Secretaria Municipal de Obras e Viação também vai avaliar local para estruturar reforma
Foto: Itamar Aguiar / Futura Press
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Mercado Público
Um dos principais cartões postais de Porto Alegre, o Mercado Público já registrou outros três incêndios em seus 140 anos de história: em 1912, 1972 e 1979, este último no ano em que foi tombado como Patrimônio Histórico e Cultural do Município. Na década de 1990 o prédio passou por uma restauração em toda a estrutura, que durou sete anos.
Um dia após o Mercado Público de Porto Alegre (RS) sofrer um incêndio de grandes proporções, o prédio histórico no Centro da capital gaúcha foi aberto no domingo para a entrada de policiais e de peritos. Por volta do meio-dia, a Brigada Militar permitiu o acesso de equipes de reportagem à parte interna do Mercado.
Ao entrar no prédio histórico, a primeira impressão era de que o estrago era muito menor do que se previa pelas imagens do fogo veiculadas na noite de sábado. "Quando via as imagens ontem, parecia terra arrasada", disse o secretário da Produção, Indústria e Comércio (SMIC) de Porto Alegre Humberto Goulart, ao entrar no Mercado Público.
O incêndio causou mais danos no segundo andar, no lado da Avenida Júlio de Castilhos, onde estão localizados restaurantes. A perda foi total para alguns estabelecimentos, especialmente aqueles voltados para a esquina da Júlio de Castilhos com a Borges de Medeiros.
No entanto, a área voltada para o Largo Glênio Peres estava praticamente intacta, incluído o teto. A área central do andar superior do Mercado também estava em boas condições, inclusive ainda exibia um grande banner que descia do teto. Muitas cadeiras de madeira do segundo andar não pegaram fogo, inclusive muitas das próximas à área mais afetada – as do térreo também não foram afetadas.
Incêndio atinge o Mercado Público de Porto Alegre. As chamas começaram pouco antes das 21h
Foto: Maurício Tonetto / Terra
Pelo menos oito viaturas dos Bombeiros foram deslocadas para o local, mas enfrentavam dificuldades de controlar as chamas
Foto: Maurício Tonetto / Terra
Segundo o prefeito da capital, José Fortunati, as chamas já haviam consumido metade do prédio até as 21h30
Foto: Maurício Tonetto / Terra
A área do mercado, na região central da cidade, foi interditada pelos Bombeiros
Foto: Maurício Tonetto / Terra
Tombado pelo patrimônio histórico, o prédio possui estruturas de madeira, o que ajuda a propagar as chamas
Foto: Maurício Tonetto / Terra
Os Bombeiros precisaram de reforços para tentar controlar as chamas
Foto: Maurício Tonetto / Terra
Policiais, bombeiros e civis observam o incêndio do Mercado Público na Rua Siqueira Campos, em Porto Alegre
Foto: Felipe Schroeder Franke / Terra
Chamas se propagavam pelo segundo andar no prédio histórico da capital gaúcha
Foto: Felipe Schroeder Franke / Terra
Chamas consomem parte superior do Mercado e dispersaram densas nuvens de fumaça na região central de Porto Alegre
Foto: Felipe Schroeder Franke / Terra
Bombeiros trabalham no incêndio
Foto: Felipe Schroeder Franke / Terra
Bombeiro combate as chamas no segundo andar do Mercado Público
Foto: Felipe Schroeder Franke / Terra
Multidão acompanhava consternada a ação para conter o fogo no prédio histórico da cidade
Foto: Felipe Schroeder Franke / Terra
Área da região central de Porto Alegre foi isolada, mas uma grande quantidade de pessoas acompanhava o trabalho dos bombeiros para conter o incêndio
Foto: Felipe Schroeder Franke / Terra
Informações iniciais davam conta que dois dos quatro quadrantes do Mercado foram atingidas
Foto: Felipe Schroeder Franke / Terra
Bombeiros trabalham para conter o fogo
Foto: Felipe Schroeder Franke / Terra
Detalhe de sala consumida pelo fogo no segundo andar do Mercado