RJ: policiais e bombeiros grevistas são anistiados por Cabral
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, sancionou nesta quarta-feira o decreto aprovado ontem pela Assembleia Legislativa, que concedeu indulto aos policiais e bombeiros que participaram do movimento de greve em 2012 no Estado. Eles exigiam melhores salários e condições de trabalho, e paralisaram entre janeiro e março.
Em fevereiro de 2012, uma greve chegou a ser decretada em todo o Estado após votação na Cinelândia, no centro do Rio. Alguns homens foram presos em Bangu 1.
A greve no Rio
A greve de policiais civis, militares e bombeiros do Rio de Janeiro começou no dia 9 de fevereiro. A opção pela paralisação foi ratificada em assembleia na Cinelândia, no Centro, que reuniu pelo menos 2 mil pessoas.
Dois dias depois, alegando falta de adesão, os policiais civis deixaram o movimento. A orientação do movimento era que apenas 30% dos policiais civis ficassem nas ruas durante a greve, mas o clima era de normalidade na maior parte do Estado.
Os militares foram orientados a permanecer junto a suas famílias nos quartéis e não sair para nenhuma ocorrência, o que deveria ficar a cargo do Exército e da Força Nacional, que já haviam definido preventivamente a cessão de 14,3 mil homens para atuarem no Rio em caso de greve.
Policiais e bombeiros exigiam piso salarial de R$ 3,5 mil. O movimento grevista queria também a libertação do cabo bombeiro Benevenuto Daciolo, detido administrativamente sob acusação de incitar atos violentos durante a greve de policiais na Bahia.