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Professora queimada viva foi enforcada e implorou para não ser morta, diz suspeito

Corpo da vítima foi encontrado carbonizado no último sábado, 12, no Rio de Janeiro; ex-namorada dela, de 14 anos, também é suspeita no crime

17 ago 2023 - 11h24
(atualizado às 14h44)
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Professora Vitória Romana
Professora Vitória Romana
Foto: Reprodução/Redes Sociais

O terceiro suspeito de participar do sequestro e da morte da professora Vitória Romana Graça, de 26 anos, Edson Alves Viana Junior, prestou depoimento à Polícia Civil nesta quarta-feira, 16, e revelou requintes de crueldade no assassinato da educadora. O depoimento foi obtido e divulgado pelo jornal O Globo.

Edson é tio da adolescente de 14 anos, ex-namorada da vítima, e irmão da mãe da adolescente, Paula Custódio Vasconcelos. A mulher já está presa e a jovem apreendida, ambas também suspeitas pelo crime. Elas foram capturadas em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, quando tentavam fugir.

O corpo da professora foi encontrado carbonizado no último sábado, 12, no Rio. O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) obtido pelo Jornal Extra, apontou que a vítima ainda estava com vida quando teve o corpo queimado, e morreu por aspiração de fuligem.

Depoimento traz relatos fortes

O depoimento do suspeito é forte. De acordo com Edson, primeiro eles teriam enforcado a professora por trinta minutos com uma corda. Em seguida, para ter certeza de sua morte, jogaram álcool nos olhos dela.

Depois disso, conforme ele contou, a vítima teria sido colocada dentro de uma mala e, posteriormente, no porta-malas do próprio carro dela. De acordo com o depoimento do suspeito, em seguida eles foram até um local ermo, e retiraram de dentro do carro a mala onde a vítima estava.

Ainda segundo relatou Edson, conforme depoimento obtido pelo jornal O Globo, foi ele quem abriu a mala e despejou dois litros de gasolina dentro dela, ateando fogo em seguida. O suspeito alegou ainda que ele, a irmã Paula e a sobrinha - ex-namorada de Vitória - só deixaram o local quando as chamas estavam altas. 

Durante as investigações da Polícia Civil, o carro de Vitória foi encontrado abandonado no posto de gasolina onde os investigadores apontam que os suspeitos compraram o combustível. O veículo foi apreendido.

Professora implorou para não ser morta

O tio da ex-namorada de Vitória ainda relatou, também em depoimento à polícia, que a professora chorou afirmando "a todo tempo" que obedeceria os agressores. Ela também teria implora para que eles não lhe fizessem nenhum mal. 

A vítima foi atraída pelos suspeitos no dia 10 de agosto, quando Paula, acompanhada de Edson, foi à escola onde Vitória trabalhava para perguntar por que havia sido bloqueada nos perfis da professora. Paula também pediu mais informações sobre o término entre ela e a sua filha.

Segundo informações obtidas por O Globo, na ocasião, a suspeita e a vítima conversaram por cerca de 15 minutos e decidiram, após Paula insistir, que se encontrariam na residência da mulher, em Senador Camará, na Zona Oste do Rio. A vítima, então, chegou à casa de Paula por volta de 21h daquele dia. Segundo Edson disse à polícia, sua irmã já estava decidida a matar a professora, e premeditou todo o crime antes de ela chegar.

Quando Vitória entrou na casa, Paula a teria imobilizado e, com a ajuda de Edson e da filha, amarrado a professora com fitas adesivas em uma cadeira. Em seguida, começaram as extorsões.

A professora cooperou, segundo o depoimento de Edson, que acrescentou: "Chorou a todo tempo, dizendo que iria dar o que eles quisessem, que não era para fazer nada de mal a ela". Ainda assim, ela foi morta pelos suspeitos. 

Suspeito alega que motivação foi financeira 

De acordo com o jornal O Globo, Edson também afirmou à polícia que sua irmã, Paula, não aceitou o fato de a professora ter parado de ajudar financeiramente sua filha de 14 anos, ex-namorada da educadora, após a vítima ter rompido com a adolescente. Segundo ele alega, Paula afirmou que queria ter mais alguma vantagem financeira. 

O Terra não localizou a defesa dos três suspeitos até a última atualização desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestações. 

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Fonte: Redação Terra
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