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Covas descarta demolição de viaduto que cedeu em São Paulo

Em 15 dias, gestão municipal vai determinar as obras necessárias para a remediação da estrutura e o cronograma de conclusão

2 dez 2018 - 17h26
(atualizado às 17h47)
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O viaduto da Marginal do Pinheiros que cedeu 18 dias atrás teve a sua elevação finalizada na tarde deste domingo, 2. Com a recolocação da estrutura em seu nível original, dois metros acima, a Prefeitura de São Paulo descartou a demolição do viaduto. Os testes haviam sido iniciados neste sábado, 1º, quando ergueu um metro. O outro metro restante foi elevado neste domingo.

O prefeito Bruno Covas (PSDB), que esteve no local, informou que em 15 dias será possível determinar as obras necessárias para a remediação da estrutura, além do cronograma de conclusão. Após o macaqueamento - termo técnico para designar a elevação da estrutura - , finalizado neste domingo, engenheiros da administração municipal vão realizar estudos para determinar a estratégia de recuperação.

 O prefeito de São Paulo, Bruno Covas
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas
Foto: ROBERTO CASIMIRO/ FOTOARENA / Estadão Conteúdo

"Hoje conseguimos descartar 100% a hipótese de demolição do viaduto, com o resultado que tivemos aqui do macaqueamento. Já conseguimos prever isso porque essa ainda era uma hipótese que levávamos em consideração, o que significaria mais prazo para poder fazer a demolição e a construção de um novo viaduto", afirmou o prefeito.

Por causa do trabalho, a CPTM havia interrompido a circulação da Linha 9-Esmeralda entre as estações Cidade Universitária e Villa-Lobos/Jaguaré. Com o encerramento do macaqueamento, a CPTM foi avisada para que o trem volte a circular normalmente. Para suprir a demanda do transporte de passageiros, vinte ônibus foram disponibilizados entre este sábado, 1º, e domingo.

"Isso é o macaqueamento. Não é a obra de recuperação do viaduto. Estamos comemorando o macaquemanto que era o que estava previsto de fazer entre o 25º e o 30º dia (após o incidente)", disse Covas. "Era impossível começar essa avaliação sem o término do macaqueamento." Logo após o viaduto ceder, a Prefeitura realizou o escoramento da estrutura e a colocação das estacas.

Foram utilizados no trabalho seis macacos hidráulicos , todos operando ao mesmo tempo, e cada um deles tinha capacidade para erguer 300 toneladas. Os equipamentos foram apoiados em dez estacas previamente instaladas.

Vistorias

Enquanto as obras estão sendo executadas e a Prefeitura toca os processos para a contratação de empresas que farão as vistorias em outros viadutos, a administração municipal fará uma nova vistoria visual em cerca de 160 outros pontos da cidade, para detectar novos locais que possam estar em risco.

Isso porque, ao autorizar as contratações emergenciais para empresas que farão estudos técnicos sobre as condições dos viadutos, o Tribunal de Contas do Município (TCM) exigiu que, a cada contrato emergencial, a Prefeitura apresentasse informações que justificassem a necessidade de contratos assinados sem licitação.

Estadão
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