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PR: ex-diretores da Assembleia presos com dinheiro e armas

24 abr 2010 - 15h03
(atualizado às 18h34)
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Joyce Carvalho
Direto de Curitiba

Carros novos e antigos, armas e R$ 250 mil em dinheiro foram apreendidos neste sábado durante a prisão de ex-diretores da Assembleia Legislativa do Paraná. Segundo coordenador estadual do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Leonir Batisti, apenas com Abib Miguel, ex-diretor geral e um dos acusados de contratar funcionários fantasmas para o quadro da Casa, o Ministério Público do Paraná encontrou 73 veículos. Os carros estavam em um galpão no bairro Seminário, em Curitiba. Alguns são considerados itens de colecionador.

O coordenador estadual do Gaeco, Leonir Batisti, vê uma "estranha lealdade"  entre os suspeitos
O coordenador estadual do Gaeco, Leonir Batisti, vê uma "estranha lealdade" entre os suspeitos
Foto: Joyce Carvalho / Especial para Terra

Também foram encontradas seis armas na residência de Cláudio Marques da Silva, ex-diretor de Recursos Humanos da Assembleia Legislativa. No mesmo local, os policiais que participaram da operação recolheram munição de uso restrito. Ainda foram apreendidos cerca de R$ 250 mil nas casas de Silva e Miguel.

O Gaeco cumpriu dez mandados de prisão temporária contra Miguel, Silva e José Ary Nassiff, ex-diretor de administração. Também foram presos João Leal de Matos, servidor efetivo da diretoria geral da Assembleia e seis parentes dele, inclusive as agricultoras Jermina Maria Leal da Silva e Vanilda Leal, que apareciam na lista de funcionários da Casa e teriam recebido R$ 1,6 milhão em contas com seus nomes.

"É certeza que nunca trabalharam na Assembleia. Mas ainda não sabemos qual grau de envolvimento. As prisões têm essa finalidade de investigação. Embora possam ter sido usadas, de boa fé não estão até este momento", disse o coordenador estadual do Gaeco, Leonir Batisti. As agricultoras moram em um casebre na cidade de Cerro Azul, na Região Metropolitana de Curitiba, e dizem nunca terem recebido qualquer dinheiro.

Segundo Batisti, há uma "estranha lealdade" entre todos os suspeitos ouvidos, que preferiram manter o silêncio. Até agora, o Ministério Público colheu cerca de 50 depoimentos sobre o caso, que começou a ser investigado na Promotoria de Patrimônio Público e depois foi encaminhado ao Gaeco.

O órgão fará a apuração do material recolhido e análise dos documentos apreendidos, que podem ajudar na sequência das investigações. Os presos podem ser denunciados por formação de quadrilha, peculato, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro. Todas as prisões são temporárias.

Fonte: Redação Terra
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