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Polícia prende suspeitos de envolvimento na morte do prefeito de Lajeado do Bugre e em esquema de tráfico no RS

Operação cumpre 24 mandados de prisão e 36 de busca em cidades do Estado; quadrilha teria movimentado R$ 25 milhões e é suspeita de planejar assassinatos

12 nov 2025 - 11h33
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A Polícia Civil prendeu, nesta quarta-feira (12), suspeitos de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e homicídios no noroeste do Rio Grande do Sul. Entre os detidos estão indiciados pelo assassinato do prefeito de Lajeado do Bugre, Roberto Maciel Santos, conhecido como Beto, morto a tiros dentro do gabinete em novembro de 2022.

Foto: Prefeito Assassinado / Reprodução / Porto Alegre 24 horas

A operação, batizada de Resposta, é conduzida pelo Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) e cumpre 24 mandados de prisão preventiva e 36 de busca e apreensão em diversas cidades, incluindo Frederico Westphalen, Palmeira das Missões, Lajeado do Bugre, Canoas, Rosário do Sul e Porto Alegre. Ao todo, 185 agentes participam da ação.

Assassinato do prefeito

Roberto Maciel Santos, de 45 anos, foi eleito em 2016 e reeleito em 2020. Ele foi morto dentro da prefeitura de Lajeado do Bugre por um homem mascarado que disparou diversas vezes com uma pistola 9 mm. Duas pessoas também ficaram feridas. O crime teria sido motivado por divergências políticas com uma facção criminosa, que tentava obter favores em contratos públicos.

As investigações apontam que o atirador — um jovem de 24 anos preso dias após o crime — agiu a mando de integrantes da facção originária do Vale do Sinos, que domina o tráfico de drogas no norte do Estado. Ao todo, dez pessoas foram indiciadas por envolvimento no assassinato.

Estrutura do grupo criminoso

Segundo a delegada Ana Flávia Leite, responsável pela operação, a análise de dados telemáticos e financeiros revelou uma organização complexa e profissionalizada, dividida em três núcleos:

Logístico: responsável por receber, armazenar e distribuir drogas;

Financeiro: encarregado de movimentar e ocultar valores ilícitos por meio de contas de laranjas e empresas de fachada;

Prisional: líderes presos repassavam ordens aos demais integrantes.

A facção utilizava telefones descartáveis, rotas alternadas e comunicação segmentada para dificultar o rastreamento. Estima-se que o grupo tenha movimentado, em apenas dois meses, oito toneladas de maconha, 200 kg de cocaína e 400 kg de crack, totalizando cerca de R$ 25 milhões.

Novas prisões e conexões com outros crimes

Entre os presos desta quarta-feira estão duas mulheres com participação ativa na quadrilha. Uma delas teria reagido a uma tentativa de prisão atirando contra policiais, sendo investigada por distribuir 20 kg de crack na região. A outra, apontada como braço financeiro do grupo, é suspeita de planejar o atentado contra uma juíza em Marau em 2017, quando criminosos tentaram libertar um preso durante uma audiência.

As investigações continuam para identificar outros envolvidos e rastrear o destino dos valores obtidos com o tráfico e os homicídios encomendados pela facção.

Porto Alegre 24 horas
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